Utilizar as auto-estradas

Viva

Ao ler outro tópico, lembrei-me que seria interessante conhecer a opinião de todos sobre o nível e tipo de utilização de auto-estrada.

Pessoalmente, prefiro não utilizar, sobretudo quando não tenho pressa. Talvez a melhor forma de descrever a minha opção, seja enumerar os motivos por optar ou não:

MOTIVOS PELOS QUAIS VALE A PENA OPTAR

1. Segurança. É indiscutível que é mais seguro circular nas auto-estradas, sem cruzamentos, nem carros em sentido contrário (às vezes, ), várias faixas de rodagem, estrada em melhores condições, curvas mais largas, etc.
2. Quando chove. Muito associada à primeira razão, opto muitas vezes pela auto-estrada quando quero ir a algum sítio e está a chover. Por exemplo, se for um dia beber um café ao Porto com a malta do Motoevasão e estiver a chover, opto pela auto-estrada.
3. QUando a noite cai. O simples facto de ser de noite incentiva-me a utiliza a AE, mais uma vez por questões de segurança.
4. Quando se tem uma mota apropriada a "aproveitar" AE. Já tive muitas motas, mas as últimas 3 (Pan, FJR e GTR) são sem dúvida mais adequadas do que nakeds, desportivas, utilitárias, choppers ou mesmo trails.
5. Quando se pretende cumprir horários ou alcançar etapas numa viagem. Para alguém que tem 15 dias para visitar Itália, não faz sentido ir pelas nacionais para atravessar Espanha, por exemplo. Se quero ir jantar com a malta do Motoevasão ao Porto e trabalho até às 18h00 em Leiria, tenho que ir pela AE para não chegar à hora da ceia.

MOTIVOS PELOS QUAIS VALE A PENA DISPENSAR A AUTO-ESTRADA:

1. Prazer de condução. Andar a direito não tem piada, mesmo depressa. Diria que para ter prazer na auto-estrada, só circulando entre 180km/h - 240km/h, onde realmente as curvas larga podem ser desfrutadas. Ora como isto é pouco recomendável, prefiro na maior parte das vezes seguir por nacionais e sobretudo estradas de montanha de bom piso. Por isso, N2, N222, A24, N113, entre outras, são excelentes para nos divertimos. Quando pretendo "matar o bicho", ou seja, a vontade de andar, nunca opto pela AE, só se for para chegar a algum sítio com curvas.
2. Custo. Há alguém que ache as portagens baratas, mesmo com o desconto de 30% da Via Verde? Eu também não! Não só pagamos a portagem, como de uma forma geral, seguimos a rotação mais elevadas, com consumos superiores e maior desgaste de pneus.
3. Desfrutar do meio que nos rodeia. Por mais AE que faça, só uma é realmente bonita, a A24 entre Viseu e Chaves. Paisagens de cortar respiração, relevo, curvas, montanhas, vegetação, floresta, etc. Esta é uma excepção num quadro de monotonia...
4. Conforto. De uma forma geral, as motas não são confortáveis em AE. É muito mais confortável circular a 100km/h numa nacional que a 150km/h numa AE, na quase totalidade das motas.

Agora, também gostava de conhecer o vosso ponto de vista.

Cumprimentos,

Grande Tópico!!!

Pois eu cá sou um defensor do circular por Nacional.... sem pressa, horários a cumprir...poder parar e qualquer lado para fotografar...seja um cenário idílico. As curvas que falaste são obviamente também mais um ponto em favor das N.

Quanto às AE, acho que focaste quase tudo!! Realço pincipalmente a situação com chuva. Eu com essas condições e havendo uma AE perto, não hesito e pago pela segurança oferecida pela largura de vias, piso normalmente em boas condições e com boa drenagem...

Concordo contigo relatvamente à excepção à monotonia das AE's.. a A24 Eu para ir a Bragança do Porto já fui a Aveiro/Viseu só para poder desfrutar das curvas e paisagens desta nossa AE de se lhe tirar o chapéu...e, pelo menos durante mais 2/3 meses, ainda é de borla

Claro que tb há Nacionais muito monótonas...notei isso por exemplo na N1 entre Leiria e Lourosa (quase Porto). Únicos pontos que verdadeiramete me chamaram a atenção (curvas nem vê-las) foram mesmo a chegada a Coimbra (via Sul) e a nova (para quem não passava lá há muitos anos) ponte sobre rio Águeda (acho). O resto boring, e com muitos semáforos, rotundas esquisitas, etc...

...just my 2 cents!!

Eu cá só sou adepto das AE quando tenho pressa de chegar a algum lado, como é o exemplo do passeio programado para Agosto em que o único percurso em AE é mesmo para mais rapidamente começar a passeata.

Muito bom Pedro!!
Acho que enumeraste todos os prós e contras...

Eu também sempre que possível opto pelas Nacionais, as AE fazem-me sono

Boas

Relativamente à moto, que ao fim e ao cabo, é aquilo que nos move, julgo que também é um factor fundamental na escolha. Motas de baixa cilindrada ou pouca protecção aerodinâmica são más opções para AE. Diria que com uma naked, evitaria sempre AE's. Recentemente fiz uns 150km de AE numa CBR 900RR e achei um suplício!

Gostava, a propósito deste assunto, de aproveitar para dar um pouco de graxa à Kawasaki. Eu já tive 8 ou 9 motas e os últimos anos têm sido bastos nas trocas. Mas julgo que a GTR 1400 me vai acompanhar por uns quantos anos. Tenho que tirar o chapéu à marca pela configuração que encontraram entre ergonomia, conforto, motor, caixa, suspensões e travões. É um pacote espectacular e em AUTO ESTRADA então, marca uma diferença assinalável para outras motas.

Nem vou comparar com uma utilitária como a Fazer ou CBF 600, cujas posições de condução são já agradáveis, mas a protecção é fraca, têm motores com pouco binário, nem com desportivas ou nakeds. Mesmo entre as restantes motos do segmento e em particular as que tive (Pan European e FJR 1300), dispõe de importantes vantagens.

PRIMEIRA: a caixa de velocidades é longa, o que permite circular a 140km/h a apenas 4000rpm, a 160km/h às 4500rpm e às 6000 já circula a 210km/h, sempre com binário e potência, mesmo com bagagem e passageiro, a subir ou a descer! Como consequência, é de uma suavidade fantástica, com muito pouca vibração e baixos consumos. Por exemplo, a cerca de 160km/h, os consumos rondam os 6l/100. Pouco aumentam se aumentarmos para os 180km/h. Parecem sempre baixos, por comparação à velocidade a que seguimos.

SEGUNDA: a protecção aerodinámica com o ecrã turístico (obrigatório, pois o de origem é só para o estilo) é aproveitada a 100%. Pode-se circular rápido com o ecrã no máximo, sem interferências aerodinâmicas, sem empurrar o condutor para a frente e com um conforto assinalável. Poderia subir um pouco mais em altura, mas talvez nessas circunstâncias o comportamento já não fosse tão agradável. A protecção aerodinâmica é fundamental para manter bons ritmos em AE.

TERCEIRA: a estabilidade, poder de travagem e suspensões permitem circular entre os 160km/h e 200km/h sem esforço nenhum do motor, com passageiro, despreocupadamente, dando enorme confiança.

Tudo para engraixar esta maravilhosa GTR 1400 pelo seu comportamento em AUTO ESTRADA, que roça a perfeição.

Gostam de AE? Comprem uma GTR 1400. É a moto ideal para este ambiente.

Um abraço,

Concordo contigo a 100% relativamente ao teu ponto de vista das Auto-estradas. Mas mesmo com alguma pressa não concordo com as auto-estradas, uma vez que o limite legal são 120km/h quando uma nacional ronda os 90km/h ou as IC a 100km/h. Acho que a diferença de limites não justifica os preços elevados das AE.

Sem dúvida que existe uma grande vantagem nas AE, que é o seu piso habitualmente em bom estado (não falemos da A8), que deveria ser aplicado às restantes estradas nacionais.

PS: A GTR é uma belíssima moto, cheia de conforto, motor e estética, no entanto à uma desvantagem na GTR1400... Consigo comprar uma CBF600SA e fico mesmo assim com 10.000€ para gastar em combustível
Ou seja, a uma média de 5,5l/100km consigo fazer cerca de 140.000km a 1,3€ o litro... Ainda ficarei com a CBF muito tempo

RuiSilva escreveu:PS: A GTR é uma belíssima moto, cheia de conforto, motor e estética, no entanto à uma desvantagem na GTR1400... Consigo comprar uma CBF600SA e fico mesmo assim com 10.000€ para gastar em combustível
Ou seja, a uma média de 5,5l/100km consigo fazer cerca de 140.000km a 1,3€ o litro... Ainda ficarei com a CBF muito tempo

Não seja por isso, compras uma Fazer com mais cv e consumos semelhantes por metade do preço (usada naturalmente) e mesmo assim sobra dinheiro para quase 50.000kms de gasosa!!! (nem faço as contas se comprares uma today usada...hihihi)

Quanto à protecção aerodinâmica, pois...noto mesmo falta disso quando ando em AE!!

Eu não posso falar muito pois gosto de AE's. Especialmente à noite.

Concordo na íntegra com o Pedro, e com as razões que enumera e apenas utilizo AE para duas coisas: Quando tenho pressa e quando a Rute tem pressa.

Já agora: na semana passada fiz a A1 e notei que de Castanheira do Ribatejo até Lisboa o piso não é mau... É PESSIMO!!!

Para a próxima em Leiria sai da A1 e vem pela A17 até Aveiro...aí vais ver o que são rectas (que para mim até saõ maçadoras) para testar velocímetro da Rute.

E já testaste velocidade real dela (leia-se com um plotter GPS debaixo do banco?!)?

Um abraço..

freddy_krueger escreveu:Para a próxima em Leiria sai da A1 e vem pela A17 até Aveiro...aí vais ver o que são rectas (que para mim até saõ maçadoras) para testar velocímetro da Rute.

E já testaste velocidade real dela (leia-se com um plotter GPS debaixo do banco?!)?

Um abraço..

Boa dica.

Ainda não. Mas quero ver se trato disso proximamente. Já tenho a câmara de filmar e o apoio para a instalar. Só falta mesmo um GPS ( que está a ser tratado neste momento ) para medir a velocidade máxima e média atingidas.

Victor escreveu:Ainda não. Mas quero ver se trato disso proximamente. Já tenho a câmara de filmar e o apoio para a instalar. Só falta mesmo um GPS ( que está a ser tratado neste momento ) para medir a velocidade máxima e média atingidas.

O PDA avariou não foi?

Se não juntavas-lhe um receptor GPS e na internet à montes de freewares (e outros) programas de ploting e GPS para todas e mais uma função de GPS (ele é para ciclismo, para tracking de tempos em pista...velocidades médias, máximas,mínimas...N cenas mesmo)

freddy_krueger escreveu:

Victor escreveu:Ainda não. Mas quero ver se trato disso proximamente. Já tenho a câmara de filmar e o apoio para a instalar. Só falta mesmo um GPS ( que está a ser tratado neste momento ) para medir a velocidade máxima e média atingidas.

O PDA avariou não foi?

Se não juntavas-lhe um receptor GPS e na internet à montes de freewares (e outros) programas de ploting e GPS para todas e mais uma função de GPS (ele é para ciclismo, para tracking de tempos em pista...velocidades médias, máximas,mínimas...N cenas mesmo)

O PDA tá bom. O problema é que o encaixe do carregador partiu e custa cerca de 60€.

Para isso, e por mais 20€, compro um GPS novo da Ndrive.

Victor escreveu:
O PDA tá bom. O problema é que o encaixe do carregador partiu e custa cerca de 60€.

Por esse preço compras um PDA quase novo LOL!!