In memoriam
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In memoriam
Escrevo estas linhas sem saber muito bem o que escrever e como o escrever.
As palavras teimam em ficar confusas dentro da cabeça e a razão tenta calar a revolta.
Ontem perdi um amigo num acidente de moto. Cresceu comigo, filho de um amigo tb das motos. Dei-lhe explicações na preparatória e fui um dos que o ensinou a andar de moto mas acima de tudo a respeitá-las.
Ontem, sem culpa nenhuma, morreu estupidamente, vitima de quem deveria salvar vidas e não ceifá-las: uma ambulância.
Cheguei a casa já madrugada numa vã tentativa de consolar o que não tem consolo: a perda do único filho.
O Rui partiu com apenas 24 anos e deixa uma filha de 4.
Ainda na 4ª feira arranjei-lhe 2 pneus para a moto. Ainda tenho as mensagens dele ali no meu telemóvel. Fez questão de vir a minha casa agradecer-me e mostrar-me os pneus. Sempre que passava à porta do meu emprego, fazia questão de parar para cumprimentar. Tínhamos combinado um café antes de eu ir para Góis e hoje está morto.
Nada do que penso ou do que sinto faz muito sentido agora e não quero parecer uma vitima ou vitimizar-me.
Descansa em paz Rui. Vou sentir saudades tuas, puto. Vemo-nos qualquer dia.
In memoriam Rui Miguel Severino
As palavras teimam em ficar confusas dentro da cabeça e a razão tenta calar a revolta.
Ontem perdi um amigo num acidente de moto. Cresceu comigo, filho de um amigo tb das motos. Dei-lhe explicações na preparatória e fui um dos que o ensinou a andar de moto mas acima de tudo a respeitá-las.
Ontem, sem culpa nenhuma, morreu estupidamente, vitima de quem deveria salvar vidas e não ceifá-las: uma ambulância.
Cheguei a casa já madrugada numa vã tentativa de consolar o que não tem consolo: a perda do único filho.
O Rui partiu com apenas 24 anos e deixa uma filha de 4.
Ainda na 4ª feira arranjei-lhe 2 pneus para a moto. Ainda tenho as mensagens dele ali no meu telemóvel. Fez questão de vir a minha casa agradecer-me e mostrar-me os pneus. Sempre que passava à porta do meu emprego, fazia questão de parar para cumprimentar. Tínhamos combinado um café antes de eu ir para Góis e hoje está morto.
Nada do que penso ou do que sinto faz muito sentido agora e não quero parecer uma vitima ou vitimizar-me.
Descansa em paz Rui. Vou sentir saudades tuas, puto. Vemo-nos qualquer dia.
In memoriam Rui Miguel Severino
Victor- Moto-turista
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Re: In memoriam
Realmente quando soube desta notícia fiquei chocado.
Não é muito comum assistir a este tipo de acontecimento, não quando falamos de quem interviu para este triste desfecho.
Os meus sentinmentos Victor e a tua a sua família.
Não é muito comum assistir a este tipo de acontecimento, não quando falamos de quem interviu para este triste desfecho.
Os meus sentinmentos Victor e a tua a sua família.
In memoriam
trigger escreveu:........
idem
Abraço
Conde
conde- Triciclo
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Re: In memoriam
Os meus sentimentos á familia e amigos.... Ride the wild wind.
Marco- Triciclo
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Re: In memoriam
Os meus sinceros sentimentos...
Tb eu fiquei atordoado, sem sequer conhecer o rapaz...
Tb eu fiquei atordoado, sem sequer conhecer o rapaz...
freddy_krueger- Moto-Evadido
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Re: In memoriam
Nesta alturas nunca se sabe o que falar.
Força é o que é preciso.
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mouse- Moto-turista
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Re: In memoriam
os meus pesames ha familia e amigos
rui bip bip- Penantes...
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Re: In memoriam
Penso ser a mesma pessoa nesta noticia do CM
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=AED91DED-5298-472D-B448-F2B5B136FA60&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
Uma infeliz ironia embater no veiculo do INEM.
As minhas condolências á familia e amigos.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=AED91DED-5298-472D-B448-F2B5B136FA60&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
Uma infeliz ironia embater no veiculo do INEM.
As minhas condolências á familia e amigos.
pbar- Triciclo
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Data de inscrição : 24/07/2008
Re: In memoriam
Não imagino o que será perder alguém assim tão próximo... nem imagino o que seria hoje deixar a minha filha sem pai... fico destroçado com estas tragédias.
Os meus sentimentos à família e amigos.
Os meus sentimentos à família e amigos.
Re: In memoriam
Nem sei o que escreva ..... ..... Vitor, imagino a tua dor ....
Os meus sentimentos à família e amigos
Os meus sentimentos à família e amigos
Paula Kota- Utilitária
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Data de inscrição : 23/07/2008
Re: In memoriam
Obrigado pelas vossas respostas.
Uma coisa que me tem vindo a chatear, ao ponto de agora estar a escrever uma carta de direito de resposta em nome da família do Rui para o Jornal de Noticias, é a completa falta de rigor e de verdade que este periódico tem tido para com o caso.
A verdade é que o Rui estava parado nos semáforos, eles abrirarm para ele, ele arrancou e levou com uma ambulância em cima que passou um vermelho.
Para quem conhece este cruzamento, sabe que é um cruzamento largo ( com mais de 30mts de visibilidade para todos os lados ) e que se a ambulância realmente viesse a 40kms por hora, teria tempo para travar.
O que realmente aconteceu é uma realidade diferente. A ambulância ultrapassou um camião pela esquerda, razão pela qual o Rui não a viu, pois encontrava-se à direita do mesmo, ultrapassou um sinal vermelho e pura e simplesmente levou-o à frente, projectando-o a mais de 12 metros.
A mesma ambulância não ia em missão de socorro. Iam despegar o serviço!
O que mais chateia é que o INEM nem teve a humildade de admitir tal coisa, nem a PSP teve um comportamento neutro.
Resta dizer-vos que nem sequer fizeram o teste de alcolémia ao condutor da ambulância nem fizeram croqui do acidente e mais grave ainda: houveram testemunhas em favor do Rui que foram voluntariamente dar o seu nome ás autoridades e misteriosamente não constam no auto!
Querem fazer com que o Rui tenha morrido em vão.
Mas o Rui tem amigos. E esses amigos têm fortes conhecimentos legais, ao ponto de estarem a preparar uma surpresa ás autoridades portuguesas bem como ao INEM. Orgulho-me de ser um desses amigos e acreditem que farei disto uma questão de honra, não só para com ele como para com todos os que morrem nas estradas, vitimas de acidente provocado por condutores negligentes e aos quais, só porque pertencem a entidades ditas poderosas, julgam que se podem safar impunemente.
O Rui não morreu em vão. Isso vos juro. E justiça será feita.
Uma coisa que me tem vindo a chatear, ao ponto de agora estar a escrever uma carta de direito de resposta em nome da família do Rui para o Jornal de Noticias, é a completa falta de rigor e de verdade que este periódico tem tido para com o caso.
A verdade é que o Rui estava parado nos semáforos, eles abrirarm para ele, ele arrancou e levou com uma ambulância em cima que passou um vermelho.
Para quem conhece este cruzamento, sabe que é um cruzamento largo ( com mais de 30mts de visibilidade para todos os lados ) e que se a ambulância realmente viesse a 40kms por hora, teria tempo para travar.
O que realmente aconteceu é uma realidade diferente. A ambulância ultrapassou um camião pela esquerda, razão pela qual o Rui não a viu, pois encontrava-se à direita do mesmo, ultrapassou um sinal vermelho e pura e simplesmente levou-o à frente, projectando-o a mais de 12 metros.
A mesma ambulância não ia em missão de socorro. Iam despegar o serviço!
O que mais chateia é que o INEM nem teve a humildade de admitir tal coisa, nem a PSP teve um comportamento neutro.
Resta dizer-vos que nem sequer fizeram o teste de alcolémia ao condutor da ambulância nem fizeram croqui do acidente e mais grave ainda: houveram testemunhas em favor do Rui que foram voluntariamente dar o seu nome ás autoridades e misteriosamente não constam no auto!
Querem fazer com que o Rui tenha morrido em vão.
Mas o Rui tem amigos. E esses amigos têm fortes conhecimentos legais, ao ponto de estarem a preparar uma surpresa ás autoridades portuguesas bem como ao INEM. Orgulho-me de ser um desses amigos e acreditem que farei disto uma questão de honra, não só para com ele como para com todos os que morrem nas estradas, vitimas de acidente provocado por condutores negligentes e aos quais, só porque pertencem a entidades ditas poderosas, julgam que se podem safar impunemente.
O Rui não morreu em vão. Isso vos juro. E justiça será feita.
Victor- Moto-turista
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Data de inscrição : 19/07/2008
Re: In memoriam
Os meus pesames à família e amigos do nosso falecido companheiro.
ps: Se assim foram os factos, então ainda mais triste é este tipo de comentários que se encontram no site da notícia.
"11 Agosto 2008 - 21h47 | ..... .....
O INEM passou o cruzamento a 40/50kms/hora e a mota 100 ou 150klms/hora , na cidade a velocidade máxima é de 50kms/hora, mesmo tendo sinal verde qualquer condutor seja mota ou de quatro rodas, deve sempre tirar o pé do acelarador, o código é muito claro , infelizmente foi mau para o motoqueiro, outros que tirem daqui o exemplo como se deve evitar mortes nas estradas, cumpram ,sejam educados ,AS Mt"
Ou seja, apesar da vítima mortal, há indivíduos que ainda aproveitam para cascar nos "motoqueiros" que andam a 150 km/h nas ruas do Porto e não respeitam o código. Por isso, se não quisesse morrer, que fosse educado, e cada um tem o que merece...
Pode estar morto que ainda cospem em cima.
Ainda anda por aí uma tal imagem de nós nalgumas cabeças...
ps: Se assim foram os factos, então ainda mais triste é este tipo de comentários que se encontram no site da notícia.
"11 Agosto 2008 - 21h47 | ..... .....
O INEM passou o cruzamento a 40/50kms/hora e a mota 100 ou 150klms/hora , na cidade a velocidade máxima é de 50kms/hora, mesmo tendo sinal verde qualquer condutor seja mota ou de quatro rodas, deve sempre tirar o pé do acelarador, o código é muito claro , infelizmente foi mau para o motoqueiro, outros que tirem daqui o exemplo como se deve evitar mortes nas estradas, cumpram ,sejam educados ,AS Mt"
Ou seja, apesar da vítima mortal, há indivíduos que ainda aproveitam para cascar nos "motoqueiros" que andam a 150 km/h nas ruas do Porto e não respeitam o código. Por isso, se não quisesse morrer, que fosse educado, e cada um tem o que merece...
Pode estar morto que ainda cospem em cima.
Ainda anda por aí uma tal imagem de nós nalgumas cabeças...
Re: In memoriam
Realmente, há com cada um.
Motoqueiros é a palavra q eu mais detesto q nos chamem.
Fico realmente fula
Há aqui um rapaz a trabalhar comigo q levou logo a resposta no primeiro dia de trabalho. Aquela frase q se vê nos emblemas á venda nas concentrações: "Motoqueiro é a p*** q te pariu"
Isto também se refere ao palhaço q escreveu esse comentário na noticia sem saber da verdadeira história.
Eu tirei a carta á pouco tempo e no código diz: " Veiculos em marcha de urgência podem passar sinais vermelhos e stops, desde q observem se o podem fazer em segurança para eles e para os outros"
Victor quanto ao teu amigo.... ( não tenho palavras)
A raiva q sinto cada vez q oiço alguém a contar a história de um acidente q envolve um dos nossos e ouvir a seguir:" Pois a culpa deve ter sido da mota, devia vir a abrir a 200 como é costume"
E.... é melhor estar calada senão ainda digo m****
Motoqueiros é a palavra q eu mais detesto q nos chamem.
Fico realmente fula
Há aqui um rapaz a trabalhar comigo q levou logo a resposta no primeiro dia de trabalho. Aquela frase q se vê nos emblemas á venda nas concentrações: "Motoqueiro é a p*** q te pariu"
Isto também se refere ao palhaço q escreveu esse comentário na noticia sem saber da verdadeira história.
Eu tirei a carta á pouco tempo e no código diz: " Veiculos em marcha de urgência podem passar sinais vermelhos e stops, desde q observem se o podem fazer em segurança para eles e para os outros"
Victor quanto ao teu amigo.... ( não tenho palavras)
A raiva q sinto cada vez q oiço alguém a contar a história de um acidente q envolve um dos nossos e ouvir a seguir:" Pois a culpa deve ter sido da mota, devia vir a abrir a 200 como é costume"
E.... é melhor estar calada senão ainda digo m****
Casal da Buell- Triciclo
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Re: In memoriam
Realmente li a noticia no JN. É realmente escandaloso como se pode fazer uma noticia e escrever as barbaridades que foram escritas.
O resumo é que o motard e sua potente máquina e tudo o mais a dar a enterder excessos por parte do Rui. Todo o artigo foi escrito como sendo a culpa da "maquina".
Lembro-me de pelo menos 3 sitios onde falaram da potente e reluzente maquina.
Quem ler o artigo, a culpa é de quem já por cá não está e da sua maquina.
Fez-me lembrar uma campanha contra as motos.
Investigação e imparcialidade é coisa que não existiu e de forma notória.
O resumo é que o motard e sua potente máquina e tudo o mais a dar a enterder excessos por parte do Rui. Todo o artigo foi escrito como sendo a culpa da "maquina".
Lembro-me de pelo menos 3 sitios onde falaram da potente e reluzente maquina.
Quem ler o artigo, a culpa é de quem já por cá não está e da sua maquina.
Fez-me lembrar uma campanha contra as motos.
Investigação e imparcialidade é coisa que não existiu e de forma notória.
mouse- Moto-turista
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Re: In memoriam
Uma participante (Tânia Alves - Mith) da lista geral do MCV (motoclubevirtual) fiez uma exposição escrita ao conselho deontológico do sindicato dos jornalistas. Aqui fica a transcrição da mesma:
Exmo. Srs. do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas,
Venho por este meio denunciar dois artigos do JN Online, referentes à mesma notícia, que considero tendenciosos e difamadores na maneira em que foram escritos e apresentados. São eles:
Morreu ao embater com ambulância do INEM
"INEM passou vermelho mas ia devagar"
De acordo com a Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99 de 13 de Janeiro), Cap. I (Liberdade de imprensa), Artº 3º (Limites):
"A liberdade de imprensa tem como únicos limites os que decorrem da Constituição e da lei, de forma a salvaguardar o rigor e a objectividade da informação, a garantir os direitos ao bom nome, à reserva da intimidade da vida privada, à imagem e à palavra dos cidadãos e a defender o interesse público e a ordem democrática."
Posto isto, o "repórter" Manuel Vitorino (autor dos dois textos) devia ter mais tacto ao escrever e mais cuidado como escreve as notícias...
A primeira notícia do JN é de mau tom, desde o "gore" desnecessário da descrição às observações descabidas ("A potente Honda 600", "vistosa máquina, capaz de atingir 280 quilómetros").
Para quem conhecia a vítima e lê a notícia, trata-se de uma profunda falta de tacto e até uma invasão da intimidade. Quem é que gostaria de ler nas parangonas que as tripas do seu filho ou melhor amigo estavam espalhadas pelo asfalto?
Quanto às observações sobre o veículo, qual a relevância delas para os factos? Onde está a objectividade? Se um Mercedes SLK 200 Kompressor chocar contra uma ambulância, será que também será noticiado "a elegante e potente máquina, capaz de atingir os 230km/h"?
Além disso, toda a forma como é elaborado o texto, incute no mais comum dos leitores a velha ideia de que "as motas andam sempre a abrir" e "são sempre as motas!...", atentando ao bom nome e imagem de quem se faz deslocar diariamente em 2 rodas, seja qual for o modelo ou a cilindrada do veículo.
Como? Com 2 citações muito próprias no início de 2 parágrafos:
"Temos dados que testemunham a ausência de excesso de velocidade. O tacógrafo não mente" - desculpabilização imediata de um dos enfermeiros do INEM. Embora se tenha escusado a comentar acerca do eventual desrespeito do condutor da ambulância do INEM diante do sinal vermelho e respectiva sinalização da marcha, a primeira ideia de "nós somos os bons e não fizemos nada de mal" já passou para o público.
"Só o excesso de velocidade do condutor da moto poderá justificar tal grau de violência. Ele arrancou e espetou-se contra a ambulância. Foi tremendo o estrondo" - citação contraditória dum senhor de meia-idade, visto que se tinha acabado de arrancar a velocidade nunca poderia ser assim tão elevada. Apesar de ser refutada, no mesmo parágrafo, por outras testemunhas no local, a primeira impressão do "excesso de velocidade" já ficou.
A segunda notícia do JN é ainda mais parcial (novamente a falta de objectividade) e foca com bastante ênfase:
a observação das normas por parte do INEM
os violentos danos sofridos pela viatura do INEM
a tentativa de evitar o choque pelo condutor da viatura do INEM
a experiência do condutor da viatura do INEM
o acompanhamento psicológico dos dois técnicos do INEM
No mesmo texto, mais uma vez atenta ao bom nome e imagem de quem se faz deslocar em duas rodas. Como exemplo, deixo-vos o seguinte excerto:
"No sítio do cruzamento não existem marcas de travagem da moto", acrescentou [o porta-voz do INEM], deixando implícita a ideia de que o motociclista poderia circular a grande velocidade pela Rua de Aníbal Cunha e, como tal, não se ter apercebido da passagem da ambulância do INEM.
De acordo com a notícia anterior, escrita pelo mesmo autor, o motociclista arrancou do sinal, i.e., não vinha "a circular" na referida avenida e muito menos "a grande velocidade" (dado ter acabado de iniciar a marcha).
A única conclusão provável a retirar da ausência de marcas de travagem será a de que o condutor do motociclo não viu a ambulância do INEM, o que, por sua vez, deixa no ar a questão da devida antecedência na sinalização da marcha de urgência da ambulância e da prudência (ou falta dela) com que esta entrou no cruzamento. Tudo o resto são conjecturas (pouco verosímeis) notoriamente facciosas.
Do mesmo modo, não volta a ser feita qualquer referência às duas testemunhas que se apressaram a fornecer as suas identidades à PSP no sentido de apontar responsabilidades ao condutor da ambulância do INEM. A palavra destes dois cidadãos não conta? Só conta a palavra do porta-voz do INEM e do senhor de meia-idade?
O que aconteceu à imparcialidade jornalística?
Certa da vossa melhor atenção,
Tânia Alves Oliveira
(motociclista e automobilista)
Exmo. Srs. do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas,
Venho por este meio denunciar dois artigos do JN Online, referentes à mesma notícia, que considero tendenciosos e difamadores na maneira em que foram escritos e apresentados. São eles:
Morreu ao embater com ambulância do INEM
"INEM passou vermelho mas ia devagar"
De acordo com a Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99 de 13 de Janeiro), Cap. I (Liberdade de imprensa), Artº 3º (Limites):
"A liberdade de imprensa tem como únicos limites os que decorrem da Constituição e da lei, de forma a salvaguardar o rigor e a objectividade da informação, a garantir os direitos ao bom nome, à reserva da intimidade da vida privada, à imagem e à palavra dos cidadãos e a defender o interesse público e a ordem democrática."
Posto isto, o "repórter" Manuel Vitorino (autor dos dois textos) devia ter mais tacto ao escrever e mais cuidado como escreve as notícias...
A primeira notícia do JN é de mau tom, desde o "gore" desnecessário da descrição às observações descabidas ("A potente Honda 600", "vistosa máquina, capaz de atingir 280 quilómetros").
Para quem conhecia a vítima e lê a notícia, trata-se de uma profunda falta de tacto e até uma invasão da intimidade. Quem é que gostaria de ler nas parangonas que as tripas do seu filho ou melhor amigo estavam espalhadas pelo asfalto?
Quanto às observações sobre o veículo, qual a relevância delas para os factos? Onde está a objectividade? Se um Mercedes SLK 200 Kompressor chocar contra uma ambulância, será que também será noticiado "a elegante e potente máquina, capaz de atingir os 230km/h"?
Além disso, toda a forma como é elaborado o texto, incute no mais comum dos leitores a velha ideia de que "as motas andam sempre a abrir" e "são sempre as motas!...", atentando ao bom nome e imagem de quem se faz deslocar diariamente em 2 rodas, seja qual for o modelo ou a cilindrada do veículo.
Como? Com 2 citações muito próprias no início de 2 parágrafos:
"Temos dados que testemunham a ausência de excesso de velocidade. O tacógrafo não mente" - desculpabilização imediata de um dos enfermeiros do INEM. Embora se tenha escusado a comentar acerca do eventual desrespeito do condutor da ambulância do INEM diante do sinal vermelho e respectiva sinalização da marcha, a primeira ideia de "nós somos os bons e não fizemos nada de mal" já passou para o público.
"Só o excesso de velocidade do condutor da moto poderá justificar tal grau de violência. Ele arrancou e espetou-se contra a ambulância. Foi tremendo o estrondo" - citação contraditória dum senhor de meia-idade, visto que se tinha acabado de arrancar a velocidade nunca poderia ser assim tão elevada. Apesar de ser refutada, no mesmo parágrafo, por outras testemunhas no local, a primeira impressão do "excesso de velocidade" já ficou.
A segunda notícia do JN é ainda mais parcial (novamente a falta de objectividade) e foca com bastante ênfase:
a observação das normas por parte do INEM
os violentos danos sofridos pela viatura do INEM
a tentativa de evitar o choque pelo condutor da viatura do INEM
a experiência do condutor da viatura do INEM
o acompanhamento psicológico dos dois técnicos do INEM
No mesmo texto, mais uma vez atenta ao bom nome e imagem de quem se faz deslocar em duas rodas. Como exemplo, deixo-vos o seguinte excerto:
"No sítio do cruzamento não existem marcas de travagem da moto", acrescentou [o porta-voz do INEM], deixando implícita a ideia de que o motociclista poderia circular a grande velocidade pela Rua de Aníbal Cunha e, como tal, não se ter apercebido da passagem da ambulância do INEM.
De acordo com a notícia anterior, escrita pelo mesmo autor, o motociclista arrancou do sinal, i.e., não vinha "a circular" na referida avenida e muito menos "a grande velocidade" (dado ter acabado de iniciar a marcha).
A única conclusão provável a retirar da ausência de marcas de travagem será a de que o condutor do motociclo não viu a ambulância do INEM, o que, por sua vez, deixa no ar a questão da devida antecedência na sinalização da marcha de urgência da ambulância e da prudência (ou falta dela) com que esta entrou no cruzamento. Tudo o resto são conjecturas (pouco verosímeis) notoriamente facciosas.
Do mesmo modo, não volta a ser feita qualquer referência às duas testemunhas que se apressaram a fornecer as suas identidades à PSP no sentido de apontar responsabilidades ao condutor da ambulância do INEM. A palavra destes dois cidadãos não conta? Só conta a palavra do porta-voz do INEM e do senhor de meia-idade?
O que aconteceu à imparcialidade jornalística?
Certa da vossa melhor atenção,
Tânia Alves Oliveira
(motociclista e automobilista)
freddy_krueger- Moto-Evadido
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Localização : Mozelos, S.M.Feira
Moto do momento : Sym Fiddle 125 ST IRON
Data de inscrição : 18/07/2008
Re: In memoriam
Acho que todos gostavamos de saber a quase impossivel resposta a essa carta.
mouse- Moto-turista
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Localização : Fiães e Ponte da Barca
Moto do momento : Yamaha FJR
Ex-Honda CBF
EX- Pegaso 650
Data de inscrição : 21/07/2008
Re: In memoriam
AMIGOS COMPANHEIROS DO ASFALTO.
CHAMO-ME MANUEL SEVERINO E SOU MOTARD HÁ 31 ANOS.
SOU PAI DO FALECIDO RUI MIGUEL FERREIRA SEVERINO, QUE NO PASSADO DIA 09/08/2008 ENCONTROU A MORTE, QUANDO UMA AMBULÂNCIA
DO INEM DESRESPEITOU O SINAL VERMELHO E SE ATRAVESSOU, MATANDO O MEU UNICO FILHO.
SOMOS NOS MOTARDS SEMPRE OS CAUSADORES.
MAS VOU DEIXAR QUE SEJAM AS AUTORIDADES A FAZE-LO.
SERA QUE AS TEMOS ??????
RESUMINDO, DEPOIS DE LER TODAS AS MENSAGEM QUE VOZ MANDARAM DE CONDOLÊNCIAS, SÓ ME COMPETE AGRADEcER A TODOS E DO FUNDO DO CORAÇÃO PELAS VOSSAS PALAVRAS DE ACONCHEGO.
NÃO ESTOU ESCRITO NESTE FORUM AINDA. MAS SE O PRETENDEREM AQUI VOS ENVIO O MEU MAIL manuelseverino4@hotmail.com
MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADA E POR FAVOR, VAMOS TODOS JUNTOS LUTAR PARA QUE PUOSAMOS MINIMIZAR PARA QUE NO FUTURO SITUAÇÕES COMO ESTAS NAO VOLTEM A ACONTECER.
MANUEL SEVERINO
Este texto foi escrito pelo meu amigo Severino, pai do Rui e directamente neste fórum.
CHAMO-ME MANUEL SEVERINO E SOU MOTARD HÁ 31 ANOS.
SOU PAI DO FALECIDO RUI MIGUEL FERREIRA SEVERINO, QUE NO PASSADO DIA 09/08/2008 ENCONTROU A MORTE, QUANDO UMA AMBULÂNCIA
DO INEM DESRESPEITOU O SINAL VERMELHO E SE ATRAVESSOU, MATANDO O MEU UNICO FILHO.
SOMOS NOS MOTARDS SEMPRE OS CAUSADORES.
MAS VOU DEIXAR QUE SEJAM AS AUTORIDADES A FAZE-LO.
SERA QUE AS TEMOS ??????
RESUMINDO, DEPOIS DE LER TODAS AS MENSAGEM QUE VOZ MANDARAM DE CONDOLÊNCIAS, SÓ ME COMPETE AGRADEcER A TODOS E DO FUNDO DO CORAÇÃO PELAS VOSSAS PALAVRAS DE ACONCHEGO.
NÃO ESTOU ESCRITO NESTE FORUM AINDA. MAS SE O PRETENDEREM AQUI VOS ENVIO O MEU MAIL manuelseverino4@hotmail.com
MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADA E POR FAVOR, VAMOS TODOS JUNTOS LUTAR PARA QUE PUOSAMOS MINIMIZAR PARA QUE NO FUTURO SITUAÇÕES COMO ESTAS NAO VOLTEM A ACONTECER.
MANUEL SEVERINO
Este texto foi escrito pelo meu amigo Severino, pai do Rui e directamente neste fórum.
Victor- Moto-turista
- Número de Mensagens : 1567
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Data de inscrição : 19/07/2008
Re: In memoriam
acho que posso falar pelo fórum quando venho aqui agradecer as suas palavras neste momento de dor, sinto que a minha mãe(e pai) estaria na sua mesma situação se algo me acontecesse a mim e as mães (e pais) dos restantes motards que enchem este mundo com as suas duas rodas.
só uma grande solução poderá trazer alguma espécie de alento nesta altura.
sim, lutamos todos os dias pelo bom nome de quem se faz circular pelas duas rodas.
mas infelizmente só servimos para as estatisticas que lhes convêm e agrada aos bolsos e trâmites deste nosso governo.
que essas testemunhas apareçam...
e que haja alguém minimamente decente afim de fazer justiça a esse animais que estavam dentro da ambulância!
é só!
só uma grande solução poderá trazer alguma espécie de alento nesta altura.
sim, lutamos todos os dias pelo bom nome de quem se faz circular pelas duas rodas.
mas infelizmente só servimos para as estatisticas que lhes convêm e agrada aos bolsos e trâmites deste nosso governo.
que essas testemunhas apareçam...
e que haja alguém minimamente decente afim de fazer justiça a esse animais que estavam dentro da ambulância!
é só!
Re: In memoriam
Como puderam ler, o meu post anterior não foi escrito por mim mas sim pelo Manuel Severino, pai do Rui, vitima de um acidente mortal com uma ambulância.
O Rui foi enterrado ontem com centenas de pessoas a despedirem-se dele.
Tocou-me o facto de ninguém naquele funeral ter atribuído a culpa à moto. Muito pelo contrário, fizeram questão que os amigos levassem a moto para a última viagem do Rui.
Tiro o chapéu a esta familia e ao mister Severino, pois em cima da sua pequena GRANDE NRG50, já tem mais kilómetros em cima e viagens de moto que muitos de nós juntos e que mesmo com esta tragédia continuam a amar as motos e tudo o que lhes diga respeito.
Para mim é um prazer rolar com este senhor, ao qual posso chamar de amigo há mais de 16 anos e nos quais temos muitas histórias juntos.
O Rui foi enterrado ontem com centenas de pessoas a despedirem-se dele.
Tocou-me o facto de ninguém naquele funeral ter atribuído a culpa à moto. Muito pelo contrário, fizeram questão que os amigos levassem a moto para a última viagem do Rui.
Tiro o chapéu a esta familia e ao mister Severino, pois em cima da sua pequena GRANDE NRG50, já tem mais kilómetros em cima e viagens de moto que muitos de nós juntos e que mesmo com esta tragédia continuam a amar as motos e tudo o que lhes diga respeito.
Para mim é um prazer rolar com este senhor, ao qual posso chamar de amigo há mais de 16 anos e nos quais temos muitas histórias juntos.
Victor- Moto-turista
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Re: In memoriam
Depois de tanto se falar neste assunto, não podia deixar de relatar o meu caso (ou o que ainda me lembro dele);
felizmente, o único acidente que tive, já foi em 1993, mais precisamente no dia 14 de Fevereiro (dia dos namorados) e curiosamente ia ao encontra de uma pessoa naquela altura desconhecida para mim e que hoje é a minha esposa. (nem tudo foi mau)
Ao sair de uma rotunda, aos comandos da minha Casal Boss (portanto ia a uma grande velocidade) fui abalrroado pela Ambulância do INEM.
Na altura, a forma de circulação nas rotundas era diferente, quem se apresentava pela direita teria prioridade (penso eu de que...)
Curiosidades do acidente:
. A ambulância não vinha a assinalar a marcha de urgência
. A ambulância fez uma travagem de 5 a 10m logo após o embate
. eu fui projetado a voar mais de 15m
. fiquei umas horas em coma
. com os estragos, a ambulância não andou mais
. o condutor da ambulância partiu a perna
. No "disco" da ambulância esta circulava a 40Km/h ou 50Km/h (já não me lembro bem)
Curiosidades do acidente:
. O meu sapato continua desaparecido
. A Casal Boss foi recuperada (mais valia comprar uma nova), e ainda hoje a conservo
. O condutor da ambulância foi afastado dos Bombeiros
. Eu fui declarado culpado a 100%
felizmente, o único acidente que tive, já foi em 1993, mais precisamente no dia 14 de Fevereiro (dia dos namorados) e curiosamente ia ao encontra de uma pessoa naquela altura desconhecida para mim e que hoje é a minha esposa. (nem tudo foi mau)
Ao sair de uma rotunda, aos comandos da minha Casal Boss (portanto ia a uma grande velocidade) fui abalrroado pela Ambulância do INEM.
Na altura, a forma de circulação nas rotundas era diferente, quem se apresentava pela direita teria prioridade (penso eu de que...)
Curiosidades do acidente:
. A ambulância não vinha a assinalar a marcha de urgência
. A ambulância fez uma travagem de 5 a 10m logo após o embate
. eu fui projetado a voar mais de 15m
. fiquei umas horas em coma
. com os estragos, a ambulância não andou mais
. o condutor da ambulância partiu a perna
. No "disco" da ambulância esta circulava a 40Km/h ou 50Km/h (já não me lembro bem)
Curiosidades do acidente:
. O meu sapato continua desaparecido
. A Casal Boss foi recuperada (mais valia comprar uma nova), e ainda hoje a conservo
. O condutor da ambulância foi afastado dos Bombeiros
. Eu fui declarado culpado a 100%
ferreira.f6- Triciclo
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Moto do momento : BMW R1200GS ADV
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Re: In memoriam
Um abraço motard para ambos; para ti fisicamente, para o Rui espiritualmente. A melhor maneira de o lembrar é continuar a fazer aquilo de que ele gostava.
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