Teste a BMW K1300S e K1300GT
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Teste a BMW K1300S e K1300GT
Boa noite
Hoje tive a oportunidade de experimentar duas motas. A desportiva K1300S e a turístico-desportiva K1300GT. Na K1300GT já tinha andado, mas quis confirmar algumas impressões contraditórias que tinha.
Ambas as motas têm uma coisa excelente, que é um motor 4 cilindros em linha potente e que entusiasma. Mas são de facto motas para utilizações diferentes. Uma boa mota e uma mota do DEMO!
A K1300GT foi a que experimentei primeiro e, depois de ter feito 20km de FJR 1300 para chegar ao local, deu para confirmar algumas coisas. Primeiro, que a travagem é realmente soberba, que dá uma confiança mesmo nas travagens no limite. Depois, que, por comparação à K1200GT, a diferença em prestações não é significativa. Eventualmente, um pouco mais de binário em baixas rotações, onde responde melhor que o da FJR e um limite de rotações colocado um pouco mais acima. O médio regime continua um pouco vazia, quando comparado com a mesma FJR 1300 e sobretudo com a GTR 1400, que continua com uma média-alta rotação imbatível.
A K1300GT continua a ter um banco desconfortável, para mais tratando de uma mota para turismo. Não compreendo o motivo, até porque a BMW alega que o alterou. Ora, se o alterou, continua mau! Os comandos à "japonesas" na minha opinião têm aspecto fraco para uma BMW e representam um passo atrás por comparação ao último modelo (K1200GT). O ESA continua a ser um extra indispensável e uma mais valia para a concorrência japonesa. Tal como o equipamento de conforto, verdadeiramente imbatível.
Em andamento, julgo que a GT ainda precisa de evoluir mais o motor, para suplantar o refinamento mecânico e ausência de vibrações da GTR ou as médias rotações poderosas da FJR. Embora potente e entusiasmante, o motor da GT não faz reflectir no conta km as sensações que fornece. Parece muito potente, mas quando olhamos para os manómetros, ficamos desapontados com o que nos indica. Atingi facilmente os 230km/h, já em rotações muito elevadas, mas ainda com motor. Um colega com quem troquei impressões referiu ter atingido 250km/h em 5ª, no corte e um pouquinho mais de 260km/h em 6ª a fundo. Ora, são dados praticamente equivalentes aos da FJR, que já o fazia em 2001. A GTR atinge 245 em 4ª, 270 em 5ª e a sexta não acrescenta nada, por se tratar de uma overdrive, talvez apenas em situações ideais. Em prestações, julgo que a GT continua ligeiramente abaixo da GTR e ligeiramente acima da FJR. Em qualquer caso, com potência mais que suficiente para o tipo de utilização visada.
Para além do banco francamente melhorável, o segundo ponto passível de melhoria é quanto a mim a última (ou duas últimas) relações de caixa. Numa mota com 1300cc e 160CV, acho que circular a 105km/h às 4000rpm é como andar a tentar matar uma mosca com um canhão. Claro que à mínima solicitação, o motor responde e revela-se muito vivo. Mas julgo que se as duas últimas mudanças fossem mais longas, se ganhava em consumos e conforto. Sou a favor claramente da solução encontrada na GTR e que, na minha opinião, assentava que nem uma luva na GT. Para comparação, a FJR às 4000rpm, circula a 115km/h. O resultado final, é que a GT 1300 anda sempre com a "faca nos dentes", pelo que para cicular na casa dos 180km/h, segue-se a uma rotação muito elevada.
No global, a BMW K1300GT é uma excelentes mota, apenas com esses 2 pontos mais fracos.
E depois veio a "ramboia"...
A K1300S é uma "coisa" bem diferente. Parada, acho-a simplesmente linda de morrer, especialmente na configuração de uma só cor e em particular a branco pérola. Mas isso são gostos. Já os pormenores das jantes e das soluções técnicas, impressionam só de olhar.
LIgando o motor, o barulho é desportivo, dispensando claramente o Akrapovic opcional. Depois, a posição é mais confortável que uma ZZR 1400 e sobretudo que na Hayabusa. A principal diferença para a ZZR está nos poisa-pés, que salvaguardam uma superior distância ao banco. O banco é, estranho, excelente, bem melhor que o da GT!????? (há coisas que não percebo!). O arranque mostrou de imediato que a K1300S tem relações de caixa diferentes da GT, pois desta vez sente-se que andamos mesmo para a frente. O motor continua muito solto e entusiasmante, mas a projecção da mota para a frente e a potência que se sente suplantam claramente a diferença de 15CV entre os dois motores. COm 175CV, a K1300S parece muito mais potente que a GT, mesmo salvaguardando as diferenças de peso.
O melhor destas BMW é que, mesmo quando abusamos no acelerador, o que é fácil de acontecer, a estabilidade e segurança que garantem no momento da travagem (ABS, controlo de tracção, estabilidade, anti-afundamento, etc), descansam-nos e aumentam substancialmente a segurança activa.
Em termos de potência, as duas ou três acelerações a fundo na K1300GT serviram para perceber que apesar de muito potente, a K1300S não tem a "estupidez" de potência da ZZR ou da Hayabusa. Ambas as japonesas nos dão violentas pancadas no pescoço, aquando de cada passagem de caixa e pelo menos até chegar à 5ª. O alongamento do motor é também superior. Mas, pessoalmente, essa diferença é bem dispensável, pois a K1300S já coloca a fasquia num nível muito elevado. NOTA: recordo-me perfeitamente que foi com a ZZR 1400 com 200CV que pela primeira vez achei que tinha potência a mais!
Na avaliação de ambos os modelos, diria, que a K1300S é a primeira BMW à qual não consigo apontar defeitos! Só se procurar coisas de pormenor, como os poisa pés que ficariam bem melhor com um revestimento em borracha, pois esta K1300S permite perfeitamente executar grandes viagens, com um bom nível de conforto. De resto, motor, caixa, travões, suspensões, maneabilidade, equipamento, é tudo do melhor que se pode encontrar no mercado. Boa BMW!
Quando voltei a pegar na FJR e dar uma volta até à praia, voltei a confirmar aquilo que conheço dela. É provavelmente a melhor proposta preço/qualidade do segmento, não desiludindo em nada, com um motor excelente, num pacote de racionalidade que custa a igualar, quando pensamos que uma GT custa perto de 20.000€, quase mais 5000€ que a FJR! É o preço do emblema e só o paga quem quiser. E puder...
Cumprimentos,
Pedro Gordo
Leiria
Hoje tive a oportunidade de experimentar duas motas. A desportiva K1300S e a turístico-desportiva K1300GT. Na K1300GT já tinha andado, mas quis confirmar algumas impressões contraditórias que tinha.
Ambas as motas têm uma coisa excelente, que é um motor 4 cilindros em linha potente e que entusiasma. Mas são de facto motas para utilizações diferentes. Uma boa mota e uma mota do DEMO!
A K1300GT foi a que experimentei primeiro e, depois de ter feito 20km de FJR 1300 para chegar ao local, deu para confirmar algumas coisas. Primeiro, que a travagem é realmente soberba, que dá uma confiança mesmo nas travagens no limite. Depois, que, por comparação à K1200GT, a diferença em prestações não é significativa. Eventualmente, um pouco mais de binário em baixas rotações, onde responde melhor que o da FJR e um limite de rotações colocado um pouco mais acima. O médio regime continua um pouco vazia, quando comparado com a mesma FJR 1300 e sobretudo com a GTR 1400, que continua com uma média-alta rotação imbatível.
A K1300GT continua a ter um banco desconfortável, para mais tratando de uma mota para turismo. Não compreendo o motivo, até porque a BMW alega que o alterou. Ora, se o alterou, continua mau! Os comandos à "japonesas" na minha opinião têm aspecto fraco para uma BMW e representam um passo atrás por comparação ao último modelo (K1200GT). O ESA continua a ser um extra indispensável e uma mais valia para a concorrência japonesa. Tal como o equipamento de conforto, verdadeiramente imbatível.
Em andamento, julgo que a GT ainda precisa de evoluir mais o motor, para suplantar o refinamento mecânico e ausência de vibrações da GTR ou as médias rotações poderosas da FJR. Embora potente e entusiasmante, o motor da GT não faz reflectir no conta km as sensações que fornece. Parece muito potente, mas quando olhamos para os manómetros, ficamos desapontados com o que nos indica. Atingi facilmente os 230km/h, já em rotações muito elevadas, mas ainda com motor. Um colega com quem troquei impressões referiu ter atingido 250km/h em 5ª, no corte e um pouquinho mais de 260km/h em 6ª a fundo. Ora, são dados praticamente equivalentes aos da FJR, que já o fazia em 2001. A GTR atinge 245 em 4ª, 270 em 5ª e a sexta não acrescenta nada, por se tratar de uma overdrive, talvez apenas em situações ideais. Em prestações, julgo que a GT continua ligeiramente abaixo da GTR e ligeiramente acima da FJR. Em qualquer caso, com potência mais que suficiente para o tipo de utilização visada.
Para além do banco francamente melhorável, o segundo ponto passível de melhoria é quanto a mim a última (ou duas últimas) relações de caixa. Numa mota com 1300cc e 160CV, acho que circular a 105km/h às 4000rpm é como andar a tentar matar uma mosca com um canhão. Claro que à mínima solicitação, o motor responde e revela-se muito vivo. Mas julgo que se as duas últimas mudanças fossem mais longas, se ganhava em consumos e conforto. Sou a favor claramente da solução encontrada na GTR e que, na minha opinião, assentava que nem uma luva na GT. Para comparação, a FJR às 4000rpm, circula a 115km/h. O resultado final, é que a GT 1300 anda sempre com a "faca nos dentes", pelo que para cicular na casa dos 180km/h, segue-se a uma rotação muito elevada.
No global, a BMW K1300GT é uma excelentes mota, apenas com esses 2 pontos mais fracos.
E depois veio a "ramboia"...
A K1300S é uma "coisa" bem diferente. Parada, acho-a simplesmente linda de morrer, especialmente na configuração de uma só cor e em particular a branco pérola. Mas isso são gostos. Já os pormenores das jantes e das soluções técnicas, impressionam só de olhar.
LIgando o motor, o barulho é desportivo, dispensando claramente o Akrapovic opcional. Depois, a posição é mais confortável que uma ZZR 1400 e sobretudo que na Hayabusa. A principal diferença para a ZZR está nos poisa-pés, que salvaguardam uma superior distância ao banco. O banco é, estranho, excelente, bem melhor que o da GT!????? (há coisas que não percebo!). O arranque mostrou de imediato que a K1300S tem relações de caixa diferentes da GT, pois desta vez sente-se que andamos mesmo para a frente. O motor continua muito solto e entusiasmante, mas a projecção da mota para a frente e a potência que se sente suplantam claramente a diferença de 15CV entre os dois motores. COm 175CV, a K1300S parece muito mais potente que a GT, mesmo salvaguardando as diferenças de peso.
O melhor destas BMW é que, mesmo quando abusamos no acelerador, o que é fácil de acontecer, a estabilidade e segurança que garantem no momento da travagem (ABS, controlo de tracção, estabilidade, anti-afundamento, etc), descansam-nos e aumentam substancialmente a segurança activa.
Em termos de potência, as duas ou três acelerações a fundo na K1300GT serviram para perceber que apesar de muito potente, a K1300S não tem a "estupidez" de potência da ZZR ou da Hayabusa. Ambas as japonesas nos dão violentas pancadas no pescoço, aquando de cada passagem de caixa e pelo menos até chegar à 5ª. O alongamento do motor é também superior. Mas, pessoalmente, essa diferença é bem dispensável, pois a K1300S já coloca a fasquia num nível muito elevado. NOTA: recordo-me perfeitamente que foi com a ZZR 1400 com 200CV que pela primeira vez achei que tinha potência a mais!
Na avaliação de ambos os modelos, diria, que a K1300S é a primeira BMW à qual não consigo apontar defeitos! Só se procurar coisas de pormenor, como os poisa pés que ficariam bem melhor com um revestimento em borracha, pois esta K1300S permite perfeitamente executar grandes viagens, com um bom nível de conforto. De resto, motor, caixa, travões, suspensões, maneabilidade, equipamento, é tudo do melhor que se pode encontrar no mercado. Boa BMW!
Quando voltei a pegar na FJR e dar uma volta até à praia, voltei a confirmar aquilo que conheço dela. É provavelmente a melhor proposta preço/qualidade do segmento, não desiludindo em nada, com um motor excelente, num pacote de racionalidade que custa a igualar, quando pensamos que uma GT custa perto de 20.000€, quase mais 5000€ que a FJR! É o preço do emblema e só o paga quem quiser. E puder...
Cumprimentos,
Pedro Gordo
Leiria
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Moto do momento : BMW K1600GT
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