Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
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RuiSilva
enogueira
PedroSL
pedrogordo
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Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Bom dia a todos
Para quem gosta de ler os relatos das motas que vou tendo/experimentando, tenho mais um. Aos que não apreciam, peço desculpa por ser chato e enfadonho, mas também basta não lerem e passar à frente...
INTRODUÇÃO
Já várias pessoas me pediram opinião sobre a GTR 1400. Vejo que a GTR 1400 tem despertado a curiosidade dos motociclistas portugueses que, tipicamente, são apreciadores de Honda's (pela sua suposta fiabilidade e fama em Portugal) e BMW (pela suposta imagem de marca, que vinga muito bem num pais onde muitos se preocupam mais com o parecer do que com o ser). Por isso e passado já cerca de 5.000km na GTR e 50.000 na Pan European 1300, aproveito para fazer um comparativo pessoal. A este nível, reforço o pessoal. Ou seja, respeito todas as opiniões diferentes ou mesmo contrárias, mas esta é a minha visão, o mais isenta possível. Por último, acho que o segmento turístico-desportivo é realmente um segmento onde se fazem produções de alta qualidade e em viagem são realmente incomparáveis...
Espero que seja útil para quem pretende trocar a sua mota por outra dentro do segmento turístico-desportivo. Seria óptimo que vos ajudasse na escolha, mas nunca dispensem a vossa avaliação e actualmente é fácil conseguir test-drives. Já por diversas vezes fui surpreendido por pessoas que compraram motas sem as experimentar! Nada contra elas, mas eu seria incapaz de o fazer.
Há algum concenso em agrupar a Pan com a RT e a Moto Guzzi Norge. A GTR 1400 está um pouco à parte com a FJR e as BMW K1200/1300GT. Estas últimas são motos muito mais dinâmicas e desportivas, mas que em termos de conforto não perdem muito para as primeiras. Se no primeiro grupo, a dúvida está entre a Pan e a RT, no segundo as escolhas pessoais são mais repartidas e não faltarão adeptos dos 3/4 modelos. Proponho-me a comparar a Pan European 1300 com a GTR 1400.
ESTÉTICA
Cada um fará a sua avaliação, mas a minha é clara. A Pan European e a GTR são as duas motas de estrada mais bonitas, com vantagem para a GTR, com linhas mais modernas, actualizadas e irreverentes. O escape e a traseira são os pontos mais polémicos, mas hoje gosto da mota tal como ela está. A Pan mais conservadora e eclética, a GTR mais jovem e musculada.
Pan 0 - GTR 1
CONFORTO
Esta questão é muito importante. Na teoria e à partida, a GTR deveria ser menos confortável e a minha primeira impressão ia nesse sentido. Mas mudei de opinião a esse respeito. A GTR tem de ser equipada com o ecrã turístico da marca, que faz toda a diferença, pois são mais 7 cm de altura e 4 de largura. Um ecrã bonito e muito bem estudado, que nada interfere com a aerodinâmica da mota. Com esta alteração, a GTR fica com uma protecção MELHOR que a da Pan. É certo que o ecrã não sobe tão alto, mas na GTR pode-se circular a 120, 160, 200 ou 220km/h com o ecrã no máximo, com toda a estabilidade, sem empurrar o condutor para a frente e sobretudo sem provocar um fluxo desagradável de ar para o passageiro. Mais protecção não é neste caso melhor protecção e prefiro de longe a protecção da GTR. Todas as impressões seguintes são tendo em conta o ecrã turístico da Kawasaki, um must have neste modelo.
O banco de série da GTR é excelente, sem necessidade de recorrer a alterações. Na FJR coloquei um top-sadelary, na Pan o original é muito bom. A Kawasaki disponiliza um banco opcional em gel, que sinceramente não me parece necessário. O banco de origem é já muito bom. O facto de não ser regulável em altura poderá prejudicar os que tenham perna mais curta. Como é espaçoso, o condutor e passageiro podem facilmente mudar a posição do traseiro em viagens longas, limitando o cansaço. Considero-as equivalentes neste aspecto.
As suspensões da Pan são mais macias, o que se nota em piso de mau estado. A baixa velocidade, traduz-se em maior conforto, mas a GTR está longe de ser desconfortável e em estrada aberta ou auto-estrada a GTR é muito confortável.
Em termos de passageiro, com a excepção da protecção aerodinâmica, a Pan é mais confortável, sobretudo devido à posição mais alta dos poisa pés (na GTR). De resto, a GTR tem excelentes pegas, o banco é confortável e o encosto do novo top-case é excelente.
Em termos de conforto, equiparo-as, pois a Pan perde nalguns pontos importantes.
Pan 1 - GTR 2
MOTOR, POTÊNCIA E BINÁRIO
Qualquer motociclista sem preconceitos que experimente as duas vai verificar que o motor da GTR é tudo aquilo que se pode querer de um motor a combustão. Potente, suave, muito binário, silencioso, económico, sem vibrações, simplesmente soberba esta unidade da GTR. Seria muito fácil para a Kawasaki obter mais cavalos deste motor, mas para quê? Nos fóruns internacionais, alguns utilizadores fazem pequenas alterações, que permitem ganhos consideráveis de cavalos e que permitem que a GTR chegue aos 300km/h, mas julgo que são totalmente desnecessário, diria mesmo despropositados.
Os condutores mais calmos vão apreciar igualmente o refinamento desta unidade, que responde desde o ralenti e vai despertando para a vida progressivamente, para se tornar agressiva após as 5.000rpm. O motor da Pan European é provavelmente o mais fiável do mercado e puxa mais que suficiente para uma condução rápida, mas não tem tacto desportivo. Acelerações suaves provocam um assobiar que se assemelha a um jacto, puxa desde o ralenti, mesmo carregada e é no global um excelente motor.
Em termos de consumos, consomem sensivelmente o mesmo a velocidades baixas (é fácil obter 5,5l/100 em ambas), mas quando a velocidade aumenta, em cidade ou nos arranques a frio, a GTR consome menos. Em auto-estrada, a GTR é muito económica, devida à 6ª velocidade do tipo overdrive. Recentemente, fui de Leiria a Sines e voltei com a minha esposa, sempre por auto-estrada, entre os 140-160 e a média cifrou-se nuns incríveis 5,8l/100. A Pan gastaria mais um litro (tal como por exemplo a FJR, outro modelo com muitas qualidades e com o qual posso comparar, pois tive uma de 2004). A autonomia da Pan é claramente superior, pois o depósito da GTR tem apenas 22 litros, contra 29 da Pan. Contudo, a GTR faz perfeitamente 300km entre abastecimento, o que é bom.
As caixas de velocidade são ambas de boa qualidade (superiores à da FJR, mais dura e ruidosa), sendo equivalentes em termos de agradabilidade. A GTR tem a vantagem de ter uma overdrive e de ter uma embraiagem deslizante que nos dá muita confiança em condução desportiva.
Pan 1 - GTR 3
CICLÍSTICA E COMPORTAMENTO EM ESTRADA
Neste aspecto a GTR, tal como a FJR, são francamente mais interactivas e performantes que a Pan. Não que a Pan seja lenta ou curve mal, bem pelo contrário. Simplesmente, a concepção a GTR é de 2007, quando a Pan 1300 existia há 5 anos! O centro de gravidade da GTR é muito mais baixo, custa menos a movimentar, não se nota diferença entre o depósito cheio ou vazio e faz tudo muito bem.
Em termos de comportamento desportivo, a GTR é rainha, sobretudo em curvas rápidas, onde a estabilidade é excelente. A GTR dispõe de suspensões progressivas de última geração, com regulação de alta/baixa velocidade, discos de travão em borboleta (para mehor dissipação de calor), pinças radiais (como as desportivas), ABS de última geração, embraiagem deslizante, um veio que nem se dá por ele um esquema TETRALEVER absolutamente irrepreensível, permitindo aplicar travões e acelerador em situações radicais. Para melhorar este cenário, gostaria apenas que a Kawasaki reduzisse o peso desta máquina e que disponibilizasse um sistema do tipo ESA (controlo electrónico das suspensões). Em todo o caso, é na minha opinião, um pacote excepcional.
A travagem da GTR é fenomenal e o aprumo quando se trava a fundo também, com uma forquilha muito segura. A Pan European tem uma ciclística convencional, que funciona bem, com a excepção da estabilidade, que como já todos sabem, é o ponto mais criticável de um modelo, que, mesmo com o passar dos anos, continua a ter muitos adeptos e reúne ainda assim grandes qualidades.
Pan 1 - GTR 4
UTILIZAÇÃO TURÍSTICA
De forma lacónica: são equivalentes. À partida, pensaria que a Pan é que é a pura turística, mas as ventagens repartem-se. As malas da GTR têm excelente capacidade, muito fáceis de montar/desmontar, com formas mais regulares e um novo top-case de 47l. A regulação da pré-carga é fácil e eficaz em ambas. A protecção aerodinâmica é melhor na GTR, mas a Pan tem suspensões mais brandas e confortáveis em mau piso. Ambas têm computador de bordo, mas o da GTR acrescenta informação actualizada de 2 em 2 segundos sobre autonomia, pressão dos pneus e tensão da bateria. Tem a menos a informação sobre a temperatura ambiente (não se percebe porquê). Os comandos são muito suaves e a iluminação é excelente nas duas. Ambas lidam muito bem com o peso extra e a GTR tem a vantagem de viajar melhor em auto-estrada, onde é honestamente insuperável pela concorrência. Para poderem avaliar a souplesse em AE, a Pan, às 4000rpm circula a 115km/h, a GTR vai a 140km/h (em quinta já rola a 120km/h). A GTR desliza a 160km/h com a rotação nas 4500. Às 6000rpm, a Pan 1300 circula a 160km/ (velocidade a partir da qual os consumos disparam), a GTR circula a 210km/h!!! com consumos bem melhores. Para os viajantes de auto-estrada, a GTR é a mota ideal (com o ecrã turístico). Recentemente, num circuito fechado, atingi 280km/h em quinta (a sexta não ganha velocidade a partir dos 250), ultrapassando a K1200Gt que seguia à frente e responsável pelo devaneio. Irrelevante para a utilizadou que dou à mota, esta cifra mostra bem a capacidade de um motor referencial e que rola entre os 150 e os 220 como uma suavidade, conforto e facilidade estonteantes. Melhor, só se forem num Mercedes classe S, Serie 7 ou equivalente.
Pan 2 - GTR 5
QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO E FIABILIDADE
Nestes dois aspectos, considero que Kawasaki tem actualmente produtos a um excelente nível, do qual é representativo a garantia de 4 anos sem limite de km. A fiabilidade é inquestionável, sendo muito dificil encontrar problemas com GTR's em qualquer fórum. De notar que a GTR tem tido imenso sucesso em todo o mundo.
Mesmo assim, acho que a Pan European continua a ser a mota mais fiável do mercado, com muitas provas dadas e por isso tem vantagem neste ponto.
Pan 3 - GTR 5
VALUE FOR MONEY, MANUTENÇÃO E REVENDA
A GTR tem uma relação preço/qualidade superior, pois oferece mais por menos. Em termos de manutenção, faz revisões em intervalos de 12.000 enquanto que a Pan é de 6.000. Na Pan, depois da garantia, fiz sempre revisões em intervalos de 10.000km. Em termos de revenda, ambas são motas boas de vender em segunda mão, embora a Kawasaki em Portugal seja mal vista por muita gente e a Pan 1300 tenha o óbice da instabilidade a afectar a sua imagem. Equivalentes também neste aspecto.
Pan 4 - GTR 6
CONCLUSÃO
A GTR 1400 é uma mota cujas qualidades vão muito para além do aspecto desportivo que ostenta. É bem mais confortável do que se supõe e do que parece num pequeno test-drive. Tem um motor perfeito, uma ciclística ao melhor nível, tem uma estabilidade a toda a prova, boas capacidades turísticas. Peca por uns poisa-pés do passageiro que deveriam estar mais baixos (existem acessórios after-market para isto).
De uma forma muito clara e isenta: pessoalmente, acho a GTR claramente superior à Pan como turístico-desportiva, monstrando pertencer a uma nova geração de motos e superiorizando-se não só nos aspectos mais desportivos, como mesmo na maioria dos aspectos turísticos.
J'ai fini...
Para quem gosta de ler os relatos das motas que vou tendo/experimentando, tenho mais um. Aos que não apreciam, peço desculpa por ser chato e enfadonho, mas também basta não lerem e passar à frente...
INTRODUÇÃO
Já várias pessoas me pediram opinião sobre a GTR 1400. Vejo que a GTR 1400 tem despertado a curiosidade dos motociclistas portugueses que, tipicamente, são apreciadores de Honda's (pela sua suposta fiabilidade e fama em Portugal) e BMW (pela suposta imagem de marca, que vinga muito bem num pais onde muitos se preocupam mais com o parecer do que com o ser). Por isso e passado já cerca de 5.000km na GTR e 50.000 na Pan European 1300, aproveito para fazer um comparativo pessoal. A este nível, reforço o pessoal. Ou seja, respeito todas as opiniões diferentes ou mesmo contrárias, mas esta é a minha visão, o mais isenta possível. Por último, acho que o segmento turístico-desportivo é realmente um segmento onde se fazem produções de alta qualidade e em viagem são realmente incomparáveis...
Espero que seja útil para quem pretende trocar a sua mota por outra dentro do segmento turístico-desportivo. Seria óptimo que vos ajudasse na escolha, mas nunca dispensem a vossa avaliação e actualmente é fácil conseguir test-drives. Já por diversas vezes fui surpreendido por pessoas que compraram motas sem as experimentar! Nada contra elas, mas eu seria incapaz de o fazer.
Há algum concenso em agrupar a Pan com a RT e a Moto Guzzi Norge. A GTR 1400 está um pouco à parte com a FJR e as BMW K1200/1300GT. Estas últimas são motos muito mais dinâmicas e desportivas, mas que em termos de conforto não perdem muito para as primeiras. Se no primeiro grupo, a dúvida está entre a Pan e a RT, no segundo as escolhas pessoais são mais repartidas e não faltarão adeptos dos 3/4 modelos. Proponho-me a comparar a Pan European 1300 com a GTR 1400.
ESTÉTICA
Cada um fará a sua avaliação, mas a minha é clara. A Pan European e a GTR são as duas motas de estrada mais bonitas, com vantagem para a GTR, com linhas mais modernas, actualizadas e irreverentes. O escape e a traseira são os pontos mais polémicos, mas hoje gosto da mota tal como ela está. A Pan mais conservadora e eclética, a GTR mais jovem e musculada.
Pan 0 - GTR 1
CONFORTO
Esta questão é muito importante. Na teoria e à partida, a GTR deveria ser menos confortável e a minha primeira impressão ia nesse sentido. Mas mudei de opinião a esse respeito. A GTR tem de ser equipada com o ecrã turístico da marca, que faz toda a diferença, pois são mais 7 cm de altura e 4 de largura. Um ecrã bonito e muito bem estudado, que nada interfere com a aerodinâmica da mota. Com esta alteração, a GTR fica com uma protecção MELHOR que a da Pan. É certo que o ecrã não sobe tão alto, mas na GTR pode-se circular a 120, 160, 200 ou 220km/h com o ecrã no máximo, com toda a estabilidade, sem empurrar o condutor para a frente e sobretudo sem provocar um fluxo desagradável de ar para o passageiro. Mais protecção não é neste caso melhor protecção e prefiro de longe a protecção da GTR. Todas as impressões seguintes são tendo em conta o ecrã turístico da Kawasaki, um must have neste modelo.
O banco de série da GTR é excelente, sem necessidade de recorrer a alterações. Na FJR coloquei um top-sadelary, na Pan o original é muito bom. A Kawasaki disponiliza um banco opcional em gel, que sinceramente não me parece necessário. O banco de origem é já muito bom. O facto de não ser regulável em altura poderá prejudicar os que tenham perna mais curta. Como é espaçoso, o condutor e passageiro podem facilmente mudar a posição do traseiro em viagens longas, limitando o cansaço. Considero-as equivalentes neste aspecto.
As suspensões da Pan são mais macias, o que se nota em piso de mau estado. A baixa velocidade, traduz-se em maior conforto, mas a GTR está longe de ser desconfortável e em estrada aberta ou auto-estrada a GTR é muito confortável.
Em termos de passageiro, com a excepção da protecção aerodinâmica, a Pan é mais confortável, sobretudo devido à posição mais alta dos poisa pés (na GTR). De resto, a GTR tem excelentes pegas, o banco é confortável e o encosto do novo top-case é excelente.
Em termos de conforto, equiparo-as, pois a Pan perde nalguns pontos importantes.
Pan 1 - GTR 2
MOTOR, POTÊNCIA E BINÁRIO
Qualquer motociclista sem preconceitos que experimente as duas vai verificar que o motor da GTR é tudo aquilo que se pode querer de um motor a combustão. Potente, suave, muito binário, silencioso, económico, sem vibrações, simplesmente soberba esta unidade da GTR. Seria muito fácil para a Kawasaki obter mais cavalos deste motor, mas para quê? Nos fóruns internacionais, alguns utilizadores fazem pequenas alterações, que permitem ganhos consideráveis de cavalos e que permitem que a GTR chegue aos 300km/h, mas julgo que são totalmente desnecessário, diria mesmo despropositados.
Os condutores mais calmos vão apreciar igualmente o refinamento desta unidade, que responde desde o ralenti e vai despertando para a vida progressivamente, para se tornar agressiva após as 5.000rpm. O motor da Pan European é provavelmente o mais fiável do mercado e puxa mais que suficiente para uma condução rápida, mas não tem tacto desportivo. Acelerações suaves provocam um assobiar que se assemelha a um jacto, puxa desde o ralenti, mesmo carregada e é no global um excelente motor.
Em termos de consumos, consomem sensivelmente o mesmo a velocidades baixas (é fácil obter 5,5l/100 em ambas), mas quando a velocidade aumenta, em cidade ou nos arranques a frio, a GTR consome menos. Em auto-estrada, a GTR é muito económica, devida à 6ª velocidade do tipo overdrive. Recentemente, fui de Leiria a Sines e voltei com a minha esposa, sempre por auto-estrada, entre os 140-160 e a média cifrou-se nuns incríveis 5,8l/100. A Pan gastaria mais um litro (tal como por exemplo a FJR, outro modelo com muitas qualidades e com o qual posso comparar, pois tive uma de 2004). A autonomia da Pan é claramente superior, pois o depósito da GTR tem apenas 22 litros, contra 29 da Pan. Contudo, a GTR faz perfeitamente 300km entre abastecimento, o que é bom.
As caixas de velocidade são ambas de boa qualidade (superiores à da FJR, mais dura e ruidosa), sendo equivalentes em termos de agradabilidade. A GTR tem a vantagem de ter uma overdrive e de ter uma embraiagem deslizante que nos dá muita confiança em condução desportiva.
Pan 1 - GTR 3
CICLÍSTICA E COMPORTAMENTO EM ESTRADA
Neste aspecto a GTR, tal como a FJR, são francamente mais interactivas e performantes que a Pan. Não que a Pan seja lenta ou curve mal, bem pelo contrário. Simplesmente, a concepção a GTR é de 2007, quando a Pan 1300 existia há 5 anos! O centro de gravidade da GTR é muito mais baixo, custa menos a movimentar, não se nota diferença entre o depósito cheio ou vazio e faz tudo muito bem.
Em termos de comportamento desportivo, a GTR é rainha, sobretudo em curvas rápidas, onde a estabilidade é excelente. A GTR dispõe de suspensões progressivas de última geração, com regulação de alta/baixa velocidade, discos de travão em borboleta (para mehor dissipação de calor), pinças radiais (como as desportivas), ABS de última geração, embraiagem deslizante, um veio que nem se dá por ele um esquema TETRALEVER absolutamente irrepreensível, permitindo aplicar travões e acelerador em situações radicais. Para melhorar este cenário, gostaria apenas que a Kawasaki reduzisse o peso desta máquina e que disponibilizasse um sistema do tipo ESA (controlo electrónico das suspensões). Em todo o caso, é na minha opinião, um pacote excepcional.
A travagem da GTR é fenomenal e o aprumo quando se trava a fundo também, com uma forquilha muito segura. A Pan European tem uma ciclística convencional, que funciona bem, com a excepção da estabilidade, que como já todos sabem, é o ponto mais criticável de um modelo, que, mesmo com o passar dos anos, continua a ter muitos adeptos e reúne ainda assim grandes qualidades.
Pan 1 - GTR 4
UTILIZAÇÃO TURÍSTICA
De forma lacónica: são equivalentes. À partida, pensaria que a Pan é que é a pura turística, mas as ventagens repartem-se. As malas da GTR têm excelente capacidade, muito fáceis de montar/desmontar, com formas mais regulares e um novo top-case de 47l. A regulação da pré-carga é fácil e eficaz em ambas. A protecção aerodinâmica é melhor na GTR, mas a Pan tem suspensões mais brandas e confortáveis em mau piso. Ambas têm computador de bordo, mas o da GTR acrescenta informação actualizada de 2 em 2 segundos sobre autonomia, pressão dos pneus e tensão da bateria. Tem a menos a informação sobre a temperatura ambiente (não se percebe porquê). Os comandos são muito suaves e a iluminação é excelente nas duas. Ambas lidam muito bem com o peso extra e a GTR tem a vantagem de viajar melhor em auto-estrada, onde é honestamente insuperável pela concorrência. Para poderem avaliar a souplesse em AE, a Pan, às 4000rpm circula a 115km/h, a GTR vai a 140km/h (em quinta já rola a 120km/h). A GTR desliza a 160km/h com a rotação nas 4500. Às 6000rpm, a Pan 1300 circula a 160km/ (velocidade a partir da qual os consumos disparam), a GTR circula a 210km/h!!! com consumos bem melhores. Para os viajantes de auto-estrada, a GTR é a mota ideal (com o ecrã turístico). Recentemente, num circuito fechado, atingi 280km/h em quinta (a sexta não ganha velocidade a partir dos 250), ultrapassando a K1200Gt que seguia à frente e responsável pelo devaneio. Irrelevante para a utilizadou que dou à mota, esta cifra mostra bem a capacidade de um motor referencial e que rola entre os 150 e os 220 como uma suavidade, conforto e facilidade estonteantes. Melhor, só se forem num Mercedes classe S, Serie 7 ou equivalente.
Pan 2 - GTR 5
QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO E FIABILIDADE
Nestes dois aspectos, considero que Kawasaki tem actualmente produtos a um excelente nível, do qual é representativo a garantia de 4 anos sem limite de km. A fiabilidade é inquestionável, sendo muito dificil encontrar problemas com GTR's em qualquer fórum. De notar que a GTR tem tido imenso sucesso em todo o mundo.
Mesmo assim, acho que a Pan European continua a ser a mota mais fiável do mercado, com muitas provas dadas e por isso tem vantagem neste ponto.
Pan 3 - GTR 5
VALUE FOR MONEY, MANUTENÇÃO E REVENDA
A GTR tem uma relação preço/qualidade superior, pois oferece mais por menos. Em termos de manutenção, faz revisões em intervalos de 12.000 enquanto que a Pan é de 6.000. Na Pan, depois da garantia, fiz sempre revisões em intervalos de 10.000km. Em termos de revenda, ambas são motas boas de vender em segunda mão, embora a Kawasaki em Portugal seja mal vista por muita gente e a Pan 1300 tenha o óbice da instabilidade a afectar a sua imagem. Equivalentes também neste aspecto.
Pan 4 - GTR 6
CONCLUSÃO
A GTR 1400 é uma mota cujas qualidades vão muito para além do aspecto desportivo que ostenta. É bem mais confortável do que se supõe e do que parece num pequeno test-drive. Tem um motor perfeito, uma ciclística ao melhor nível, tem uma estabilidade a toda a prova, boas capacidades turísticas. Peca por uns poisa-pés do passageiro que deveriam estar mais baixos (existem acessórios after-market para isto).
De uma forma muito clara e isenta: pessoalmente, acho a GTR claramente superior à Pan como turístico-desportiva, monstrando pertencer a uma nova geração de motos e superiorizando-se não só nos aspectos mais desportivos, como mesmo na maioria dos aspectos turísticos.
J'ai fini...
pedrogordo- Bicicleta
- Número de Mensagens : 329
Idade : 48
Localização : Leiria
Moto do momento : BMW K1600GT
KTM Superduke 990
Data de inscrição : 24/07/2008
Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Boa Pedro!
Muito bem explicitado, com seriedade intelectual, embora se perceba à partida que a tua escolha está feita. O que aliás compreendo e entendo como um direito.
Questionava-me, apenas, acerca de qual seria a Pontuação que lhes dariam alguns mototuristas que, como eu, raramente passam dos 160 Km/h? Por outro lado, é verdade que de longe a longe também gostamos de enrolar o punho.
De todos os modos está aqui uma peça que, independentemente dos nossos preconceitos, deve ser muito bem guardada e relida no momento anterior à aquisição de uma turística.
Muitos parabéns.
Muito bem explicitado, com seriedade intelectual, embora se perceba à partida que a tua escolha está feita. O que aliás compreendo e entendo como um direito.
Questionava-me, apenas, acerca de qual seria a Pontuação que lhes dariam alguns mototuristas que, como eu, raramente passam dos 160 Km/h? Por outro lado, é verdade que de longe a longe também gostamos de enrolar o punho.
De todos os modos está aqui uma peça que, independentemente dos nossos preconceitos, deve ser muito bem guardada e relida no momento anterior à aquisição de uma turística.
Muitos parabéns.
PedroSL- Utilitária
- Número de Mensagens : 1478
Idade : 66
Localização : Porto; Murça; Moledo do Minho
Moto do momento : Honda CB Seven-Fifty
Data de inscrição : 16/08/2008
Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
A questão da velocidade é uma questão que me parece muito pertinente.
Raramento ultrapasso os 150Km... Só quando tenho "aquela" vontade de enrolar o punho. Mesmo a minha moto não sendo comparável com os modelos em comparação, circulo em auto-estrada por norma na casa dos 130/140 Km/h.
Assim sendo, a estas velocidades algumas das vantagens da GTR deixam de se fazer sentir e a principal desvantagm da PAN (as "célebres" vibrações) também não se sentem.
Para uma utilização nestes valores de velocidade, as pontuações mudariam?
Creio que é uma questão interessante, pois as motos "variam" muito dependendo da utilização a que estão sujeitas...
Que dizes Pedro Gordo? Mudavas algumas pontuações?
Abraço
Raramento ultrapasso os 150Km... Só quando tenho "aquela" vontade de enrolar o punho. Mesmo a minha moto não sendo comparável com os modelos em comparação, circulo em auto-estrada por norma na casa dos 130/140 Km/h.
Assim sendo, a estas velocidades algumas das vantagens da GTR deixam de se fazer sentir e a principal desvantagm da PAN (as "célebres" vibrações) também não se sentem.
Para uma utilização nestes valores de velocidade, as pontuações mudariam?
Creio que é uma questão interessante, pois as motos "variam" muito dependendo da utilização a que estão sujeitas...
Que dizes Pedro Gordo? Mudavas algumas pontuações?
Abraço
enogueira- Moto-turista
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Idade : 45
Localização : Chaves
Moto do momento : Honda Pan European 1300
Data de inscrição : 21/07/2008
Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Não mudaria nada, pois eu também só raramente passo dos 160km/h e continuo a apreciar mais o comportamento da GTR.
Não gostaria de passar a ideia de que ando depressa ou que sou (mais) um maluco que anda na estrada. Bem pelo contrário, pela idade, experiência, por ser pai, marido, por ver amigos a irem para o lado de lá (recentemente o Rui Mendes, que tinha uma Triumph Sprint ST 1050 faleceu, devido provavelmente a um excesso que cometeu), por motivos de legalidade e acima de tudo porque respeito os restantes utentes da via pública. Sobre este último aspecto, nunca ultrapasso ninguém com grande diferença de velocidade, prefiro reduzir e voltar a acelerar, mesmo em AE, ultrapassagem malandras tb não é algo que faça, condução viva em vilas ou cidades tb não.
Na cidade ou em estradas com movimento, circulo sempre moderadamente, nem sequer me passa pela ideia de fazer ultrapassagem, utilizar espaços disponíveis ou andar aos zig-zagues. A velocidade guardo-a para estrada despovoadas e menos acessíveis, que me obrigam a fazer uns km a mais, mas que faço com prazer.
Longe de me considerar um exemplo, esforço-me contudo por reduzir as probabilidade de acidente. Nunca tive qualquer acidente quando andava mais rápido e até pode ser que venha a ter agora que tenho mais cuidados, mas mantenho as precauções.
Em todo o caso, continuo a achar a GTR uma melhor opção, mesmo para andar devagar. A dimensão da mota pode ser contudo um obstáculo para braços e pernas mais pequenos. Mas para a minha estatura (1,80m e 86Kg), está perfeita.
Deixo algumas fotos para ilustrar...
[img][/img]
Reparem na altura do ecrã turístico.
Os como as malas estão bem integrada, devido à largura da mota, que proporciona excelente protecção.
Aqui desperta a mística da marca, com o pormenor dos piscas rasgadas. Já agora, gostaria que a Kawasaki aprende-se qualquer coisa com a BMW no que toca a deixar parafusos à mostra. A BMW nesse aspecto dá cartas, com montagens mais bem pensadas (K1300GT).
O escape, principal ponto de polémica, é na minha opinião uma peça sobredimensionada, mas que se enquadrada na filosofia massiva, industrial e desportiva da marca. Todavia, muito gostaria de contar com dois escapes laterais.
Já agora, para não se pensar que só sei dizer bem da GTR, indico alguns pontos de melhoria:
1. O espaço nas laterais junto aos punhos é enorme e poderia ser aproveitado para dois porta luvas, como por exemplo a Pan European tem.
2. Deveria ser disponibilizado um kit de punhos aquecidos, inclusivé de origem. Uma curiosidade é que o pessoal nos EUA instala os punhos OEM Honda da.... Pan European 1300 Eheh, que encaixam na perfeição.
3. O suporte do top-case deveria ter uma resistência superior (pelo menos no que se refere à resistência aparente)
4. O computador de bordo deveria incluir indicação de temperatura ambiente, com o comutador nos punhos.
5. Um sistema do tipo ESA (a BMW em equipamento realmente é exemplar, mesmo sendo caro) assentaria que nem uma luva.
6. O cruise-control é um extra que pessoalmente não me diz nada, mas que muita gente gosta.
7. Os poisa-pés do passageiro deveriam descer um pouco mais, até porque tem espaço para isso, sem incomodar o condutor e já agora colocar borracha, mesmo se vibrações seja coisa que não incomode (mais por razões estéticas).
8. Uma regulação em altura do banco seria óptima para alguns condutores (para mim está óptimo).
8. Se conseguissem o milagre de tornar a mota mais leve, com este arsenal todo, seria óptimo, inclusivé em termos desportivos, embora todas as concorrentes tenham o mesmo problema.
Não gostaria de passar a ideia de que ando depressa ou que sou (mais) um maluco que anda na estrada. Bem pelo contrário, pela idade, experiência, por ser pai, marido, por ver amigos a irem para o lado de lá (recentemente o Rui Mendes, que tinha uma Triumph Sprint ST 1050 faleceu, devido provavelmente a um excesso que cometeu), por motivos de legalidade e acima de tudo porque respeito os restantes utentes da via pública. Sobre este último aspecto, nunca ultrapasso ninguém com grande diferença de velocidade, prefiro reduzir e voltar a acelerar, mesmo em AE, ultrapassagem malandras tb não é algo que faça, condução viva em vilas ou cidades tb não.
Na cidade ou em estradas com movimento, circulo sempre moderadamente, nem sequer me passa pela ideia de fazer ultrapassagem, utilizar espaços disponíveis ou andar aos zig-zagues. A velocidade guardo-a para estrada despovoadas e menos acessíveis, que me obrigam a fazer uns km a mais, mas que faço com prazer.
Longe de me considerar um exemplo, esforço-me contudo por reduzir as probabilidade de acidente. Nunca tive qualquer acidente quando andava mais rápido e até pode ser que venha a ter agora que tenho mais cuidados, mas mantenho as precauções.
Em todo o caso, continuo a achar a GTR uma melhor opção, mesmo para andar devagar. A dimensão da mota pode ser contudo um obstáculo para braços e pernas mais pequenos. Mas para a minha estatura (1,80m e 86Kg), está perfeita.
Deixo algumas fotos para ilustrar...
[img][/img]
Reparem na altura do ecrã turístico.
Os como as malas estão bem integrada, devido à largura da mota, que proporciona excelente protecção.
Aqui desperta a mística da marca, com o pormenor dos piscas rasgadas. Já agora, gostaria que a Kawasaki aprende-se qualquer coisa com a BMW no que toca a deixar parafusos à mostra. A BMW nesse aspecto dá cartas, com montagens mais bem pensadas (K1300GT).
O escape, principal ponto de polémica, é na minha opinião uma peça sobredimensionada, mas que se enquadrada na filosofia massiva, industrial e desportiva da marca. Todavia, muito gostaria de contar com dois escapes laterais.
Já agora, para não se pensar que só sei dizer bem da GTR, indico alguns pontos de melhoria:
1. O espaço nas laterais junto aos punhos é enorme e poderia ser aproveitado para dois porta luvas, como por exemplo a Pan European tem.
2. Deveria ser disponibilizado um kit de punhos aquecidos, inclusivé de origem. Uma curiosidade é que o pessoal nos EUA instala os punhos OEM Honda da.... Pan European 1300 Eheh, que encaixam na perfeição.
3. O suporte do top-case deveria ter uma resistência superior (pelo menos no que se refere à resistência aparente)
4. O computador de bordo deveria incluir indicação de temperatura ambiente, com o comutador nos punhos.
5. Um sistema do tipo ESA (a BMW em equipamento realmente é exemplar, mesmo sendo caro) assentaria que nem uma luva.
6. O cruise-control é um extra que pessoalmente não me diz nada, mas que muita gente gosta.
7. Os poisa-pés do passageiro deveriam descer um pouco mais, até porque tem espaço para isso, sem incomodar o condutor e já agora colocar borracha, mesmo se vibrações seja coisa que não incomode (mais por razões estéticas).
8. Uma regulação em altura do banco seria óptima para alguns condutores (para mim está óptimo).
8. Se conseguissem o milagre de tornar a mota mais leve, com este arsenal todo, seria óptimo, inclusivé em termos desportivos, embora todas as concorrentes tenham o mesmo problema.
pedrogordo- Bicicleta
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Sem dúvida a comparação mais bem concebida que li até hoje, com a confiança de quem testou ambos os modelos a sério! Não sendo para mim a moto dos meus sonhos considero que foi muito bem concebida e tem um motor excepcional, mesmo fora de série. Questiono-me porque é que a GTR não traz o vidro turístico de origem, acho que numa moto como essa, o objectivo será esse.
Comparativo Pan 1300 / GTR 1400
Viva Pedro,
excelente comparativo! CCC (Curto, Claro e Conciso), começo a perceber porque te apelidam de "expert" estou de acordo!
Apreciei e concordo com quase tudo sobre a GTR. Embora ainda tenha poucos kms na minha aqui vai...
O escape e traseira, dos quais tinha lido (normalmente) mal, sempre me pareceram bem. Embora seja algo subjectivo e ao gosto de cada um, enquadro-os na tal modernidade, actualização e irreverencia que falas.
Coloquei o ecran turístico quando fiz a revisão dos 1000km e estava à espera de um resultado melhor ou então o estudo aerodinâmico foi feito para Japonês. Tenho 1,83m e a conduzir numa posição, deixem-me chamar-lhe, "turística", tronco erecto e braços esticados, ecram todo levantado, provoca algum ruído por turbulencia. Se baixar um pouco a cabeça...apenas a suave música do motor! Vou experimentar o banco de gel, penso que fico mais abaixo uns 4cm, não tenho a certeza. Estabilidade 5 *
Como dizes, fantástica máquina "a rolar" entre as 4000rpm e as 6000rpm (140km/h - 200km/h). Que suavidade!
Estava convencidíssimo que os intervalos entre revisões eram 6000km. Na dúvida fui ver o manual e tens mesmo razão, 12000Kms (ou 1 ano)! Aos 6000km aparecem apenas alguns "inspects", algo que até fazemos regularmente. Thanks 4 that!
Algo que não comentas-te e que acho muito útil é o sistema "sem chave" Kipass, com o qual se pode ligar o motor ou bloquear a direção sem mexer no "transponder" que fica no bolso. É só operar o botão que está na ignição tradicional e com o mesmo, abrir malas laterais ou o banco.
Alguns aspectos a rever, no meu ponto de vista:
-o espaço exíguo debaixo do banco, logo, não sei onde vou arrumar o Autocom, se e quando o comprar. Alguma ideia?
-o porta luvas merecia uma fechadura igual à das malas
-fiz os primeiros 1400kms aqui pelo Algarve/Alentejo, como sabes, temperaturas acima dos 30º... o calor entre pernas, na zona dos joelhos, torna-se muito incomodadivo
-a colocação dos espelhos face ás malas! Penso que os espelhos deviam ter uma posição mais elevada já que não deve ser possível descer a posição das malas. Ou é questão de habituação?
Abraços
Marco
excelente comparativo! CCC (Curto, Claro e Conciso), começo a perceber porque te apelidam de "expert" estou de acordo!
Apreciei e concordo com quase tudo sobre a GTR. Embora ainda tenha poucos kms na minha aqui vai...
O escape e traseira, dos quais tinha lido (normalmente) mal, sempre me pareceram bem. Embora seja algo subjectivo e ao gosto de cada um, enquadro-os na tal modernidade, actualização e irreverencia que falas.
Coloquei o ecran turístico quando fiz a revisão dos 1000km e estava à espera de um resultado melhor ou então o estudo aerodinâmico foi feito para Japonês. Tenho 1,83m e a conduzir numa posição, deixem-me chamar-lhe, "turística", tronco erecto e braços esticados, ecram todo levantado, provoca algum ruído por turbulencia. Se baixar um pouco a cabeça...apenas a suave música do motor! Vou experimentar o banco de gel, penso que fico mais abaixo uns 4cm, não tenho a certeza. Estabilidade 5 *
Como dizes, fantástica máquina "a rolar" entre as 4000rpm e as 6000rpm (140km/h - 200km/h). Que suavidade!
Estava convencidíssimo que os intervalos entre revisões eram 6000km. Na dúvida fui ver o manual e tens mesmo razão, 12000Kms (ou 1 ano)! Aos 6000km aparecem apenas alguns "inspects", algo que até fazemos regularmente. Thanks 4 that!
Algo que não comentas-te e que acho muito útil é o sistema "sem chave" Kipass, com o qual se pode ligar o motor ou bloquear a direção sem mexer no "transponder" que fica no bolso. É só operar o botão que está na ignição tradicional e com o mesmo, abrir malas laterais ou o banco.
Alguns aspectos a rever, no meu ponto de vista:
-o espaço exíguo debaixo do banco, logo, não sei onde vou arrumar o Autocom, se e quando o comprar. Alguma ideia?
-o porta luvas merecia uma fechadura igual à das malas
-fiz os primeiros 1400kms aqui pelo Algarve/Alentejo, como sabes, temperaturas acima dos 30º... o calor entre pernas, na zona dos joelhos, torna-se muito incomodadivo
-a colocação dos espelhos face ás malas! Penso que os espelhos deviam ter uma posição mais elevada já que não deve ser possível descer a posição das malas. Ou é questão de habituação?
Abraços
Marco
Última edição por MarcoTavares em Qua Set 16, 2009 4:02 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : erros no tuga)
MarcoTavares- Penantes...
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Viva Marco
Isto por aqui respira-se motos por todos os poros...
Os pontos que apontas são de facto importantes. O aquecimento junto às pernas é exagerado, mas a FJR <2006 é ainda pior e pouco se fala nisso! Curiosamente, na Pan European 1300, nunca me queixei disso.
Em relação ao Autocom e à falta de espaço debaixo do banco, posso-te garantir que há pessoal que os montou lá. Posso-te dar o contacto, se necessitares.
Os espelhos têm vantagens e desvantagens. São amplos, mas as malas laterais cortam um pouco ângulo de visão, que é extraordinário sem elas. MOntar os espelhos numa posição mais subida seria menos estético e sobretudo perdia-se a função de protecção aerodinâmica das mãos e ante-braços. Julgo que sob o ponto de vista turístico, a solução encontrada é o melhor compromisso. De notar ainda que a mota é muito larga e que os espelhos são incomodativos no trânsito citadino. Pessoalmente, é-me irrelevante, pois não circulo habitualmente em cidade e quando o faço, não ando aos SSSSSS entre os carros. Em estrada aberta e sobretudo em viagem, acho que cumprem bem as funções de retrovisor e protecção aerodinãmica.
Sobre o ecrã turístico, de facto se fosse ainda um bocadinho mais alto, não era pior. Mas ATENÇÃO. A estabilidade seria de certeza afectada, obrigando a descer um pouco para circular rápido. Tal como está e como referiste, a estabilidade é excelente, a qualquer velocidade, com o ecrã no máximo!
Cumprimentos,
Isto por aqui respira-se motos por todos os poros...
Os pontos que apontas são de facto importantes. O aquecimento junto às pernas é exagerado, mas a FJR <2006 é ainda pior e pouco se fala nisso! Curiosamente, na Pan European 1300, nunca me queixei disso.
Em relação ao Autocom e à falta de espaço debaixo do banco, posso-te garantir que há pessoal que os montou lá. Posso-te dar o contacto, se necessitares.
Os espelhos têm vantagens e desvantagens. São amplos, mas as malas laterais cortam um pouco ângulo de visão, que é extraordinário sem elas. MOntar os espelhos numa posição mais subida seria menos estético e sobretudo perdia-se a função de protecção aerodinâmica das mãos e ante-braços. Julgo que sob o ponto de vista turístico, a solução encontrada é o melhor compromisso. De notar ainda que a mota é muito larga e que os espelhos são incomodativos no trânsito citadino. Pessoalmente, é-me irrelevante, pois não circulo habitualmente em cidade e quando o faço, não ando aos SSSSSS entre os carros. Em estrada aberta e sobretudo em viagem, acho que cumprem bem as funções de retrovisor e protecção aerodinãmica.
Sobre o ecrã turístico, de facto se fosse ainda um bocadinho mais alto, não era pior. Mas ATENÇÃO. A estabilidade seria de certeza afectada, obrigando a descer um pouco para circular rápido. Tal como está e como referiste, a estabilidade é excelente, a qualquer velocidade, com o ecrã no máximo!
Cumprimentos,
pedrogordo- Bicicleta
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
já ouvi criticas relativamente ao selector de mudança de direcção (piscas) ser do lado direito.
é verdade? ou é mito?
de resto parabens para a vossa montada... é simplesmente divinal...
é verdade? ou é mito?
de resto parabens para a vossa montada... é simplesmente divinal...
pipeeee- Triciclo
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"Piscas" na GTR
pipeeee escreveu:já ouvi criticas relativamente ao selector de mudança de direcção (piscas) ser do lado direito.
é verdade? ou é mito?
de resto parabens para a vossa montada... é simplesmente divinal...
Mito! O selector dos "piscas" é do lado esquerdo. No lado direito tens o selector de perigo (os 4 piscas ao mm tempo). Ambos estão ergonómicamente bem localizados.
obrigado, é como dizes, divinal
MarcoTavares- Penantes...
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
PedroGordo ,
Estive a ler este magnífico ensaio/comparativo e, fiquei encantado com o que li, parabéns tomaram muitos profs das revistas terem a capacidade de análise e isenção aqui demonstrada.
Eu sou um fã das Kawasaki !
Há apenas duas coisas na vida de que me arrependo ter vendido; uma foi um carro Tryumph TR6 e, outra foi a melhor Moto que tive, a que me deu mais prazer e alegrias e todos os dias me matava o vício/need de Adrenalina. Uma Kawazaki 900Z1.
Curiosamente, foi uma das motos em que a minha mulher nunca se sentou sequer (nem mesmo para a fotografia !).
Quando comprei a CBF fui ao Stand da BMW onde tinha comprado a Daelim à procura de uma X-Country 2009 modelo que eles não tinham e, na porta ao lado estava um GTR 1400 com um letreiro “Test Drive” mas o meu 1,70m aliado ao torcer de nariz da cara-metade fez com que eu apenas andasse de volta dela e, me vá consolando com descriçoes como as que li aqui.
Obrigado !
ManPei
Estive a ler este magnífico ensaio/comparativo e, fiquei encantado com o que li, parabéns tomaram muitos profs das revistas terem a capacidade de análise e isenção aqui demonstrada.
Eu sou um fã das Kawasaki !
Há apenas duas coisas na vida de que me arrependo ter vendido; uma foi um carro Tryumph TR6 e, outra foi a melhor Moto que tive, a que me deu mais prazer e alegrias e todos os dias me matava o vício/need de Adrenalina. Uma Kawazaki 900Z1.
Curiosamente, foi uma das motos em que a minha mulher nunca se sentou sequer (nem mesmo para a fotografia !).
Quando comprei a CBF fui ao Stand da BMW onde tinha comprado a Daelim à procura de uma X-Country 2009 modelo que eles não tinham e, na porta ao lado estava um GTR 1400 com um letreiro “Test Drive” mas o meu 1,70m aliado ao torcer de nariz da cara-metade fez com que eu apenas andasse de volta dela e, me vá consolando com descriçoes como as que li aqui.
Obrigado !
ManPei
ManPei- Cinquentinha
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
ManPei escreveu:arrependo ter vendido; uma foi um carro Tryumph TR6
Eu na tua situação estaria igual
Podes mudar a cor, mas continuam lindos
mouse- Moto-turista
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EX- Pegaso 650
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
mouse escreveu:
... Podes mudar a cor, mas continuam lindos ....
Desculpem o off-tópic, mouse o meu era branco podes vêr FOTOS AQUI com e sem capota, aliás Hard-TOP.
Cumprimentos ,
ManPei
P.S. Se quizeres falar temos o tópico da Treta
Última edição por ManPei em Seg Fev 01, 2010 4:33 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Lapsus Tecluae)
ManPei- Cinquentinha
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
ManPei escreveu:Há apenas duas coisas na vida de que me arrependo ter vendido; uma foi um carro Tryumph TR6 e, outra foi a melhor Moto que tive, a que me deu mais prazer e alegrias e todos os dias me matava o vício/need de Adrenalina. Uma Kawazaki 900Z1.
Não falo com indivíduos que são capazes de vender uma Kawasaki 900Z1!
Pois, na verdade a GTR não será a mais indicada para baixas estaturas. Dentro do género, a FJR é melhor, pois o assento está mais baixo. Mas atenção, existe um kit de rebaixamento que não afecta as capacidades ciclísticas!
Cumprimentos,
pedrogordo- Bicicleta
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Re: Comparativo pessoal entre a Pan European 1300 e a GTR 1400
Olá PedroGordo,
Pois, ninguém deve dar um passo maior que a perna ! Eu tenho a noção disso .
O problema maior é andar com pendura quando não se chega lá abaixo !
Quanto à Z1, nem me fale ! Vendi-a num impulso de descontentamento porque um dos escapes, o inferior do lado direito, ganhou ferrugem e abriu um buraco (era o mal das primeiras!).
Na altura recebi à troca uma Suzuki 750GT 3 cilindros 2 tempos (o tal 3=6) que, creio, foi a primeira mota de série com radiador de água tinha 500Km +- mas, eu poucos mais lhe fiz porque não gostei da mota. Era pouco precisa em curva, não travava como a Kawa e, tinha menos mota debaixo de mim .
Curiosamente não encontro fotos da Kawa tenho é um vídeo em super8 que tenho andado para digitalizar até porque é um primor de “condução defensiva”
Mas tudo o que tenho lido acerca da GTR confirma o que aqui foi escrito. Mesmo aquele cromo que quis filmar o primeiro Crash da GTR num pseudo-test provocatório, por linhas travessas acaba por o confirmar.
Cumprimentos ,
ManPei
Pois, ninguém deve dar um passo maior que a perna ! Eu tenho a noção disso .
O problema maior é andar com pendura quando não se chega lá abaixo !
Quanto à Z1, nem me fale ! Vendi-a num impulso de descontentamento porque um dos escapes, o inferior do lado direito, ganhou ferrugem e abriu um buraco (era o mal das primeiras!).
Na altura recebi à troca uma Suzuki 750GT 3 cilindros 2 tempos (o tal 3=6) que, creio, foi a primeira mota de série com radiador de água tinha 500Km +- mas, eu poucos mais lhe fiz porque não gostei da mota. Era pouco precisa em curva, não travava como a Kawa e, tinha menos mota debaixo de mim .
Curiosamente não encontro fotos da Kawa tenho é um vídeo em super8 que tenho andado para digitalizar até porque é um primor de “condução defensiva”
Mas tudo o que tenho lido acerca da GTR confirma o que aqui foi escrito. Mesmo aquele cromo que quis filmar o primeiro Crash da GTR num pseudo-test provocatório, por linhas travessas acaba por o confirmar.
Cumprimentos ,
ManPei
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