(Muito) Grandes viagens

Olá!

De certeza que não é só a mim que me apetece partir para uma viagem enooooorme. Europa central, ou o clássico Cabo Norte, ou ir até Moscovo... Tudo destinos ali ao virar da esquina!

Mas sair de um stand com a moto novinha, pouca experiência em "quadratura de rabo" (ver no fim) e tentar chegar à fronteira espanhola já poderá ser um desafio...

Assim, alguém quer deixar umas dicas, estilo "aprender em 10 lições" os pré-requisitos para iniciar uma viagem a sério? Como devemos ir preparados? E que "nível" de viagens devemos ter anteriormente feito antes de pensar numa aventura de maior envergadura? Quilometragens? Gestão de cansaço? Prevenção de... tudo?


Abraço


(Quadratura de rabo - acto de estar sentado em cima de uma moto por horas e horas com a evidente consequência de espalmar o rabo!)

Passando o conhecer da mota, eu aconselho, a nas semanas antes (quando possivel) dessa grande viagem, a rolar bastante, e no caso de levar a pendura, o mesmo se aplica a ela(e), 1 ou 2 passeios de uns 400kms ou mais, vai criar uma habituação e resistencia ao cansaço, (quando em Julho fui a Bilbao, Andorra, Barcelona, o dia que menos me custou em termos de cansaço foi o ultimo e fiz cerca de 1200Kms, dos quais 700kms com pendura e os restantes sem, e quando cheguei acho que podia fazer mais uns 500kms que sentia-me mesmo bem).
Acho que diariamente 600 a 800kms é perfeitamente aceitavel, parar sempre que sentir o rabo quadadro, paragens entre cada 2/3h, levar todo o equipamento necessário, fato de chuva, roupa quente (depende do destino, mas um polar não ocupa muito e pode ser util), kit de furos, chave suplente, cartões bancarios, carregadores telemovel, montar uma ficha de isqueiro na mota (acho muito util e ainda não tenho ) e maquina fotografica para fazer inveja aos que ainda não conhecem o destino

Eduardo,

Não tenho a veleidade de ser um 'expert' na matéria e sou de certeza um gajo que quebra uma boa parte das "boas práticas", ainda que já tenha feito algumas viagens razoáveis em distância. Apesar de ter comprado umas calças com protecções pela primeira vez na vida há 2/3 anos (ando de moto há 20), usei-as apenas duas vezes, ainda que reconheça não haver coisa mais segura nem mais confortável com tempo frio. Continuo a andar de jeans e quando tenho frio, uso umas ceroulas. Portanto tás a ver o "bom exemplo" que sou... Há muitos anos atrás, quando tinha saudades da namorada alemã, pegava na moto e fazia (sem carenagens) a viagem Lisboa-Munique em dois dias (2650 kms). Chegava lá todo partido, mas nunca me "emendei". Nos dias de hoje não estou de modo algum em forma e ainda assim fiz 7000 kms em poucos dias no ano passado e este ano lá fui para mais de 3000 kms de scooter em Marrocos sem nenhuma preparação (e ainda bem que fui sem grandes rodeios!).

Portanto os meus "lindos" conselhos são (não te aconselho a segui-los! ):

- Não compliques com grandes preparativos (excepto com pendura... ver abaixo). Vai, simplesmente. Se fizeres erros, emendas durante a viagem ou na viagem seguinte. No big deal.

- O "balanço" que deves tomar para uma "grande" viagem, depende apenas da tua capacidade de encaixe. Se te dás bem com imprevistos, acho que não precisas de te preocupar com o "nível " de viagens de preparação. Se fores um gajo muito organizado, que gosta de ter tudo sob controlo, nesse caso, faz o que qualquer pessoa sensata faz. Primeiro uma tirada de 300 kms, depois uma de 500 kms, depois uma de 800 kms. É isso que se ensina "nas escolas", mas não precisas de nada disso se tiveres febre de viajar e encaixe para o que vier.

- Encara cada coisa que corre "mal" numa viagem como uma oportunidade para aprender coisas novas. Isto parece conversa da treta mas não é. Furos, avarias mecânicas, falta de gasolina, rabos quadrados, pescoços com torcicolos, perder-se no caminho, chegar atrasado ao hotel, apanhar uma molha até aos ossos, faz tudo parte da brincadeira e para tudo há sempre solução (desde que não seja na electrónica de uma GS das novas ). Desde que se vá com algum dinheiro de reserva e não haja acidentes, o resto é diversão da boa.

- Se já defendo que se deve fazer sempre uma condução defensiva, em viagem para locais distantes, mais válido isto é. Não vale a pena estragar umas férias longe de casa por meia dúzia de curvas que nos deixam a salivar para dar umas aceleradelas. E eu já conheci quem se arrependesse amargamente de ceder aos impulsos...

- Nas viagens com pendura (especialmente feminina) recomendo, à partida, refrear (muito!) o espírito ciganito. Posso-me enganar, mas ainda estou para encontrar - nestas coisas - uma alma gémea ciganita, que goste de andar limpinha como eu, mas não se importe de passar frio de vez em quando, de não saber onde vai dormir essa noite e de andar enlameada por uma boa causa. Assim, em viagens com pendura, assegura-te que percebeste o nível de tolerância do(a) pendura. Normalmente a regra é: o(a) pendura não pode passar fome, não pode passar frio (mesmo em pequenos passeios!), as tareias dos quilómetros não podem passar um determinado limite (que tens que conhecer muito bem) e o alojamento tem que estar também à altura! No fundo o básico. Não substimes a preparação da coisa quando viajares com pendura!

- Há alguns objectos que gosto de ter comigo quando em viagem, mas esta lista tem variado ao longo do tempo, e não é de modo algum uma referência: lanterna de leds (gosto das frontais), canivete ou pequena navalha, fita americana (muito útil!), kit anti-furos e/ou espuma anti-furos, aranha (mesmo quando não parece precisa), isqueiros ou fósforos, máquina fotográfica e de filmar. Não há muito mais que considere essencial.

- Dependendo do local para onde se vai, é bom levar algum tipo de "rede" para problemas de saúde. O cartão internacional de saúde é excelente para a Europa e levo-o sempre em dia. Para Marrocos não levei "rede", mas a minha percepção era a de que não faria nada de muito arriscado (como acho que não fiz).

- Gerir o cansaço, com o meu estilo de viagem, é muito simples. Quando estou cansado, procuro não demorar muito a parar, em local calmo. Se for necessário faço uma soneca, hábito que NUNCA tenho fora do âmbito das viagens. Manter-se bem hidratado é essencial! Em viagens off-road, o camel bag não é nenhuma paneleirice supérflua! Embora já me tenha sentido várias vezes a quebrar a regra do descansar-quando-nos-sentimos-cansados, é das coisas mais importantes. Conduzir cansado é ainda mais perigoso de moto do que de carro.

O que é preciso é IR à aventura sem pensar demasiado, guardar os nossos orçamentos para as viagens em vez de "grandes máquinas" (se der para tudo, melhor!), boa cumplicidade com o(a) pendura e conhecimento dos limites de ambos para a coisa ser bem conseguida. Happy travel.

Zé Paulo.

PS: As minhas três motos têm todas um acessório (mandado instalar) que considero fundamental: a tomada de isqueiro. Independência energética e garantia que não falta o café quente no meio do nada e bateria para fazer fotos e filmes.

Depois deste "testamento", não ha muito mais a dizer (está excelente Zé Paulo)!!!!

As dicas do Trilho também são bem interessantes...

Depois dos post's do Carlos e do Zé Paulo pouco mais fica por dizer, mas julgo ser importante também, mesmo que se viaje ao sabor da corrente, saber quais são alguns dos principais concessionários dos paises que se perspectiva visitar em caso de avaria.

Depois destes post's até se fica com a ideia que isto é só ir metendo gasolina e andar...
Aida me vou desgraçar na vossa companhia!! Não sabem dizer que é perigoso fazer viagens e muito caro e muito, mesmo muito aborrecido?
Mas não.... Dizem que é porreiro e tudo mais.... desgraçados....


Obrigado pelas boas dicas!

Abraço

enogueira escreveu:Depois destes post's até se fica com a ideia que isto é só ir metendo gasolina e andar...

Não tenhas dúvidas de que não é muito mais complicado do que isso! Aqui vão algumas frases de quem sabe dizer muito com poucas palavras, a propósito de partir em viagem:

- “A journey of a thousand miles must begin with a single step.” - Lao Tzu
- “There is no moment of delight in any pilgrimage like the beginning of it.” - Charles Dudley Warner

Zé Paulo.

Sábias palavras...

Já anseio por partir novamente aos comandos da Fazer...(suspiro)

E eis que acabo de chegar e, como sempre,atrasado!!
Começando por cumprimentar o Zé Paulo, que pela forma de estar desmente um dos mais sábios ditados populares que conheço: Quem sabe faz. Quem não sabe, ensina". É que o "gajo" faz e ensina!

Agora aqui vai o meu palpite:
Pessoalmente, nos meses anteriores à partida, estudo o trajecto e alternativas até à exaustão. Por exemplo: No regresso da Croácia (no próximo verão), pretendo passar pelo Tirol austríaco, onde ficarei em Alpbach, no Hotel Bergwald. Já quase decorei os trajecto, o que não quer dizer que, depois, não o vire do avesso!
Gosto de saber por onde ando, ter a viagem planeada, sendo certo que não me importo nada de - a meio - me perder.
A partir daqui parto e se o hotel bergwald não estiver lá, azar! Há-de haver outro na zona de Innsbruck. Senão... vou andando.
Quanto a Kms, não sendo como o Ventoínha também não sou escravo do conta km. Hoje queria fazer 800, mas se só fiz 500, amanhã a estrada há-de proporcionar melhores andamentos e eu farei 1100! Como sabem, não sendo um amante do campismo, levo sempre tenda e saco cama, e lanterna, etc. Levo, também, um jerrycan com 4 ou 5 litros de gasolina e nunca o tive de utilizar. Só nestas condições é que vale a pena levá-lo. Se levamos gasolina extra sem o firme propósito de não a usar, então ela não está lá a fazer nada! Vamos ser apanhados descalços. Outra coisa que o Zé Paulo já referiu e que, na minha opinião, é tão válido no deserto como na Europa: levar água é essencial. É Cem vezes mais fácil ter problemas por falta de água do que por falta de comida.
Se vou fazer uma viagem de 20 dias, levo 20 T-shirts (podem ser de publicidade), 20 boxers e 20 peúgas baratas. Todos os dias deito ao lixo a T-shirt, boxers e peúgas do dia anterior e vou ficando mais leve e, até, com espaço para souvenirs.
Último palpite: Numa viagem, a não ser por necessidade absoluta, o cumprimento do programa não se deve sobrepor ao prazer da viagem. Já várias vezes alterei rotas, mas viajar nunca foi um suplício.
aVraço e boa viagem
PedroSL

Em países "menos" civilizados, o jerrycan parece-me um excelente investimento! POde evitar alguns dissabores!

Boa dica!

Abraço

enogueira escreveu:Em países "menos" civilizados, o jerrycan parece-me um excelente investimento! POde evitar alguns dissabores!

Boa dica!

Abraço

Eu levo-o mesmo nos civilizados. Não vá acontecer a Estação de Serviço fechar às 22h00 e eu passar lá às 22h15!

Sobre os jerrycans, nunca andei com nenhum comigo na Europa. Fiquei sem gasolina 3 ou 4 vezes que me lembre, sempre por minha culpa. Quando chega a noite e estamos em viagem, se não queremos imprevistos, o melhor é abastecer com mais antecedência. Muitos postos aí pela Europa, quando fecham, mantêm disponível o abastecimento por cartão de crédito. De quase todas as vezes que fiquei sem gasolina na Europa, ganhei uma história engraçada para contar, por isso não sou muito prudente. De uma das vezes em França, foi uma mulher sozinha que me deu boleia até à estação de serviço e me levou de volta à moto. Era a última pessoa de que esperava ajuda, mas ela disse-me que estava a "pagar uma dívida de consciência" de quando foi ajudada em circunstâncias semelhantes (vá, nada de piadas maldosas!).

Em Marrocos tive alguns problemas com a autonomia e fiquei sem gasolina duas vezes. Levei um jerrycan manhoso, não rígido, que comprei nos chineses por poucos euros, mas quando precisei dele para ir para as pistas do Atlas, percebi que tinha um buraco e acabou por ir para o lixo. Optei então por encher 4 garrafas de litro e meio que meti dentro de um saco que pendurei no gancho das compras da Today. Foi desta forma que fiz a minha "grande travessia" do Atlas (uns trezentos e tal quilómetros sem gasolina sem chumbo).

Zé Paulo.

TodayAdventure escreveu:

- Se já defendo que se deve fazer sempre uma condução defensiva, em viagem para locais distantes, mais válido isto é. Não vale a pena estragar umas férias longe de casa por meia dúzia de curvas que nos deixam a salivar para dar umas aceleradelas. E eu já conheci quem se arrependesse amargamente de ceder aos impulsos...

Grandes dicas Zé Paulo!

Concordo plenamente!!

Relativamente a este e porque já sei, por experiência própria que por vezes não conseguimos refrear os impulso, recomento que não tentem fazer mais do que sabem... e se viajarem sózinhos então dêem uma margem de segurança, uma vez que se acontecer alguma coisa estão sozinhos...
Atenção às velocidades fora de Portugal, em Espanha mais 60 Km/h do que o permitido dá cadeia!
Nos paises nordicos + 1 km/h do que o permitido dá multa...

PedroSL escreveu:

Agora aqui vai o meu palpite:
Pessoalmente, nos meses anteriores à partida, estudo o trajecto e alternativas até à exaustão. Por exemplo: No regresso da Croácia (no próximo verão), pretendo passar pelo Tirol austríaco, onde ficarei em Alpbach, no Hotel Bergwald. Já quase decorei os trajecto, o que não quer dizer que, depois, não o vire do avesso!

Se vou fazer uma viagem de 20 dias, levo 20 T-shirts (podem ser de publicidade), 20 boxers e 20 peúgas baratas. Todos os dias deito ao lixo a T-shirt, boxers e peúgas do dia anterior e vou ficando mais leve e, até, com espaço para souvenirs.
Último palpite: Numa viagem, a não ser por necessidade absoluta, o cumprimento do programa não se deve sobrepor ao prazer da viagem. Já várias vezes alterei rotas, mas viajar nunca foi um suplício.
aVraço e boa viagem
PedroSL

Boas Pedro,

Então sempre vais aceitar a minha sugestão de passar por Plitvike?

Então e como tencionas passar pelo tirol austriaco fica aqui mais uma... Desta vez não é um recomendo vivamente, é só uma dica...
Mittersill, é uma pequena cidade relativamente perto do Grossglokner e de um parque natural que não me lembro o nome que tem uma catarata brutal, ver Foto. Infelizmente quando passei por lá já estava a escurecer e não deu para tirar fotos...

Fiquei num Hotelzito nesta localidade que está na foto abaixo:

- Não é muito caro (para a Áustria) cerca de 30€ por pessoa.
- Come-se muito bem por cerca de 15 a 18 €.
- E os donos são uma simpatia. Caso queiras fazer uma voltinha o Pepe, ajuda-te com certeza a fazer um bom percurso.

Relativamente as T-shirts, etc, também costumo fazer o mesmo, no entanto e numa apresentação de uma viagem feita por um tipo dos "nomads", ele utilizava roupa se secaguem rápida, e só levava 2 peças de cada... Fica também a dica que não é minha...

Abraço,

João Almeida

Estou espantado com o sentido ecológico do Pedro e do João! Em Marrocos ainda faz sentido oferecer as t-shirts, há bem quem precise, mas atirar ao lixo??!! A regra dos três é muito boa.

Pode-se ir a qualquer lado do mundo numa viagem que dure o que se quiser com três peças de cada item de roupa, se forem de boa qualidade, tecido sintético e de secagem rápida. Com calças, ou S-shirts basta até duas. Um casaco em forro polar. O tecido sintético é muito fixe porque resiste muito mais aos odores do que o algodão. E está sempre praticamente seca, portanto muito mais confortável. No encontro HU dos Pirinéus deram-me uma destas t-shirts que usei o tempo todo em Marrocos. Tipicamente, nas lojas de material desportivo, a roupa para ciclista (tende a ser um pouco cara) ou camisolas de futebolista (mais barato), são as melhores.

Zé Paulo.

TodayAdventure escreveu:Tipicamente, nas lojas de material desportivo, a roupa para ciclista (tende a ser um pouco cara) ou camisolas de futebolista (mais barato), são as melhores.

Mais uma excelente dica... Bem que o Sérgio andava na Régua com calcinha de ciclista....

TodayAdventure escreveu:Estou espantado com o sentido ecológico do Pedro e do João! Em Marrocos ainda faz sentido oferecer as t-shirts, há bem quem precise, mas atirar ao lixo??!! A regra dos três é muito boa.

Eu só mando fora as que iria mandar mesmo para o lixo e que não servem nem para dar...

João Almeida escreveu:

TodayAdventure escreveu:Estou espantado com o sentido ecológico do Pedro e do João! Em Marrocos ainda faz sentido oferecer as t-shirts, há bem quem precise, mas atirar ao lixo??!! A regra dos três é muito boa.

Eu só mando fora as que iria mandar mesmo para o lixo e que não servem nem para dar...

Ok! Mas em Marrocos, mesmo aquilo que pensamos que não serve para dar, pode ser de uso para alguém, em sítios mais pobres do interior. Eu involuntariamente doei algumas peças de roupa aos marroquinos este Verão. O saco da roupa suja vinha fora da top case, preso com uma aranha e voou nas duras pistas do Atlas (nem sei bem onde, exactamente).

Zé Paulo.

TodayAdventure escreveu:Estou espantado com o sentido ecológico do Pedro e do João! Em Marrocos ainda faz sentido oferecer as t-shirts, há bem quem precise, mas atirar ao lixo??!! A regra dos três é muito boa.

Pode-se ir a qualquer lado do mundo numa viagem que dure o que se quiser com três peças de cada item de roupa, se forem de boa qualidade, tecido sintético e de secagem rápida.
Zé Paulo.

Meu carissímo amigo,
E se fores, como eu, completamente alérgico aos tecidos sintéticos? Se uma hora depois de vestires essas t-shirts fantásticas, tiveres o corpo todo em frida (ainda por cima sem haver "gajas" por perto que justifiquem a "escaramuça")?
Reutilizar é óptimo, o primeiro e melhor dos conceitos. Mas asseguro-te (e fácilmente provo) que apesar deste desvario, sou muito mais ecológico do que a maioria das pessoas. A minha roupa dura, seguramente, 4 vezes mais do que à maioria das pessoas. Mudo o óleo da moto em casa e recolho o usado que vai para o ecoponto (não vai pelo esgoto, como quem não quer a coisa), faço - sempre - mais de 20.000 Km com um jogo de pneus, etc.

PedroSL escreveu:

TodayAdventure escreveu:Estou espantado com o sentido ecológico do Pedro e do João! Em Marrocos ainda faz sentido oferecer as t-shirts, há bem quem precise, mas atirar ao lixo??!! A regra dos três é muito boa.

Pode-se ir a qualquer lado do mundo numa viagem que dure o que se quiser com três peças de cada item de roupa, se forem de boa qualidade, tecido sintético e de secagem rápida.
Zé Paulo.

Meu carissímo amigo,
E se fores, como eu, completamente alérgico aos tecidos sintéticos? Se uma hora depois de vestires essas t-shirts fantásticas, tiveres o corpo todo em frida (ainda por cima sem haver "gajas" por perto que justifiquem a "escaramuça")?

Nesse caso excepcional, tás autorizado a usar o algodão, não quero que tenhas um embaraço a explicar à esposa que ficou em casa, como as férias foram intensas!

PedroSL escreveu:
Reutilizar é óptimo, o primeiro e melhor dos conceitos. Mas asseguro-te (e fácilmente provo) que apesar deste desvario, sou muito mais ecológico do que a maioria das pessoas. A minha roupa dura, seguramente, 4 vezes mais do que à maioria das pessoas. Mudo o óleo da moto em casa e recolho o usado que vai para o ecoponto (não vai pelo esgoto, como quem não quer a coisa), faço - sempre - mais de 20.000 Km com um jogo de pneus, etc.

Não duvido! E agora, tenho a certeza que vais estender o teu "ecologismo" à oferta das t-shirts que já não servem (para não se perder tempo em viagem a procurar o sítio ideal, não custuma ser má ideia deixar perto de uma igreja).

ZP.

TodayAdventure escreveu:
Nesse caso excepcional, tás autorizado a usar o algodão, não quero que tenhas um embaraço a explicar à esposa que ficou em casa, como as férias foram intensas!

Aqui está uma razão porque vou na tua bola!

Não duvido! E agora, tenho a certeza que vais estender o teu "ecologismo" à oferta das t-shirts que já não servem (para não se perder tempo em viagem a procurar o sítio ideal, não custuma ser má ideia deixar perto de uma igreja).

ZP.

E aqui está a outra!

Não perdes uma!!!
Abraço
PedroSL

No próximo ano tenho "marcado" sem marcação uma viagem pela Europa com a pendura, temos ao longo do tempo vindo a poupar uns cobres para essa viagem que será feita sem planeamento (excepto dos destinos e pontos de paragem que consideramos obrigatórios). Como será para dormir em parques de campismo teremos que levar tenda, sacos cama (ou lençois), colchão de ar e respectiva bomba eléctrica. Este espaço deixa de estar disponível para roupa, como tal, iremos "racionalizar a roupa" e procurar parques de campismo que tenham lavandaria. O custo de um "saco" de roupa não é muito elevado, e torna-se prático!

Evita deitar roupa fora ou ter que enviá-la por correio de volta para casa...

PS: Em Marrocos acho que faria toda a lógica oferecer a roupa!

vontade
espírito
protector de coluna
trajes adequados(fato ou casaco e calças quentinhas, botas confortáveis)
e dinheiro!

o resto vem por acréscimo...

A Caxi explicou captou a essência de viajar de moto!

PARABÉNS!!!

enogueira escreveu:Depois destes post's até se fica com a ideia que isto é só ir metendo gasolina e andar...

E não é que é mesmo